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Brasileiros fazem dobradinha na Maratona de São Paulo
País volta a triunfar na prova após dois anos de domínio de atletas quenianos
DA REPORTAGEM LOCAL
O gaúcho Claudir Rodrigues
e a mineira Maria Zeferina Baldaia completaram a dobradinha brasileira na Maratona de
São Paulo e encerraram dois
anos de domínio queniano na
prova, realizada ontem.
A disputa deste ano teve novo percurso, com largada próxima à ponte Octavio Frias de
Oliveira. A maratona e as corridas de 4,5 km e 10 km reuniram
12 mil atletas no total.
Das 13 edições anteriores da
competição, em apenas quatro
os vencedores no masculino e
no feminino eram do Brasil. Isso ocorreu nas temporadas de
2005, 2003, 2002 e 1998.
Neste ano, sem os representantes nacionais que irão competir na Olimpíada de Pequim,
a prova reuniu nomes que ficaram perto da classificação, como Zeferina. Ela completou o
trajeto de 42,195 km no tempo
de 2h42min20s.
"Resolvi correr a maratona
[de São Paulo] porque não vou
a Pequim. Só disputo o Mundial
de meia-maratona, em outubro, no Rio", disse a campeã,
que já tinha vencido nas ruas
paulistanas em 2002.
"Fiquei a um minuto e meio
da vaga em Pequim. Não era para ser. Agradeço por ter voltado
[às competições] após ter me
recuperado de problemas físicos", falou Zeferina, que correu
com luvas e meiões.
Entre os homens, Francisco
Barbosa dos Santos liderou por
mais de dois terços, mas terminou em quarto lugar.
"Entrei para forçar o ritmo
da corrida e completar apenas
15 quilômetros. Acabei disputando a minha primeira maratona", contou Francisco.
Claudir Rodrigues recuperou-se e, no final, assegurou a
primeira colocação, com o tempo de 2h17min07s.
"A temperatura estava como
na minha região [Santa Maria,
no Rio Grande do Sul]. Então,
não estranhei muito. Estava em
casa", disse o vencedor.
"Essa prova é muito técnica.
Acho que o frio acabou me ajudando hoje [ontem]", disse
Claudir, tricampeão da maratona de Porto Alegre.
A prova, na manhã de ontem,
foi disputada sob 14 C e 68%
de umidade relativa do ar.
Claudir Rodrigues não era
cotado como um dos favoritos
antes da maratona. Ele tinha
corrido na capital paulista em
2002, mas não completou o
percurso na ocasião.
Dos cinco primeiros colocados, apenas o queniano Rotich
Chemlany, em quinto, interrompeu o domínio brasileiro.
Entre as mulheres, todas as
cinco atletas mais bem posicionadas na maratona deste ano
são representantes do Brasil.
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