São Paulo, terça-feira, 02 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

O poder americano


Prata em Pequim, a seleção feminina dos EUA mudou sua comissão técnica, que terá o lendário Karch Kiraly

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

UMA PERGUNTINHA : quem você acha que vai ser o principal adversário da seleção feminina brasileira no novo ciclo olímpico? Se a resposta foi Estados Unidos, acertou. A seleção americana, prata em Pequim, quer o ouro em Londres. Mudou a comissão técnica e ficou mais poderosa.
Uma fofoca: quando pensou em trocar o técnico, o chefão do vôlei americano, Doug Beal, tentou primeiro José Roberto Guimarães.
Mandou um recado por Heather Bown, que atua na Itália. Mas Zé Roberto descartou o convite. Disse que já havia acertado com o Brasil.
Beal, que dirigiu a seleção dos EUA na conquista do ouro nos Jogos de Los Angeles, queria um campeão olímpico no comando. Escolheu então Hugh McCutcheon, o técnico do time masculino americano que derrubou a seleção de Bernardinho na final dos Jogos de Pequim.
Como se já não fosse suficiente, Beal foi além. Contratou o mais vitorioso jogador da história do vôlei para ser um dos auxiliares técnicos da seleção: simplesmente Karch Kiraly. Hoje com 48 anos, Kiraly ganhou duas medalhas olímpicas de ouro na quadra e uma na praia.
Quem acompanhou os jogos de vôlei nos anos 80 e 90 teve o privilégio de ver Kiraly em ação: certamente, o mais completo jogador de todos os tempos. Tinha uma concentração absurda e uma determinação impressionante para chegar à vitória.
O técnico Zé Roberto diz que Kiraly sempre foi um vencedor e é essa a mentalidade que ele deve levar para as americanas. Segundo o técnico brasileiro, o time dos EUA deve seguir com a mesma base que foi prata em Pequim. Uma das poucas que devem sair é a ponteira Logan Tom.
Mas fica a pergunta: por que a opção por investir no feminino e tirar McCutcheon do comando da seleção masculina dos EUA? Uma das razões é a seguinte: o grande número de jogadoras e o potencial dessas novas atletas, que atuam em torneios colegiais e universitários.
O primeiro confronto do Brasil contra os EUA neste ano será na Copa Pan-Americana, em Miami, que começa dia 24 de junho.

MALAS PRONTAS
A seleção brasileira feminina viaja sexta-feira para a Suíça. O time vai disputar o primeiro torneio da temporada em Montreux. A estreia será dia 9 contra a Alemanha. A China e a Polônia estão também na chave do Brasil. No outro grupo estão Itália, Cuba, Japão e Holanda.

O RETORNO
O atacante Dante está de volta ao Brasil. Ele vai defender o time do São Bernardo. Ele deve jogar ao lado do líbero Escadinha e do levantador Marlon. Vai ficar um time bacana. Na última temporada, Dante jogou pelo Dínamo Moscou. Já Paula Pequeno está acertando sua transferência para o exterior.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: Apoio: Cidade leva US$ 8,1 mi de empresas
Próximo Texto: José Roberto Torero: Estreias e despedidas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.