São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011

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Ingleses pedem adiamento da eleição, mas são "massacrados"

DO ENVIADO A ZURIQUE

Sozinha em discurso no congresso, a Inglaterra se levantou contra o presidente Joseph Blatter e pediu o adiamento da eleição. Recebeu apoio de uma minoria, foi massacrada pela maioria e ficou isolada na entidade.
"Somos alvo de críticas de patrocinadores, da mídia e do público em geral. Com esse contexto, a eleição se tornou a concorrência de uma pessoa [...] Peço o adiamento por período curto, para se apresentar um novo candidato. Só fazendo isso, o vencedor terá credibilidade nos próximos anos", discursou David Bernstein, presidente da federação inglesa.
A sua proposta foi colocada em votação e rejeitada por ampla maioria, obtendo apenas 17 votos favoráveis.
Os ingleses consideraram ter pressionado Blatter a realizar reformas na Fifa. E inclusive elogiaram suas medidas anunciadas para fazer mudanças na entidade.
Porém, de fato, sofreram diversos ataques de membros da entidade, desde a cúpula até o baixo clero.
"Sempre recebemos ataques da Inglaterra, principalmente com mentiras. Com um jornalismo que se preocupa mais com mentir do que com outras coisas", atacou o vice-presidente da Fifa, o argentino Julio Grondona.
Em seguida, o dirigente foi ainda mais duro ao afirmar que a Inglaterra não aceita que o futebol é universal.
"Por favor, deixe a família da Fifa sozinha. Mas sem mentiras", endureceu.
Seu colega, o cartola espanhol Ángel María Villar só atacou a imprensa, principalmente a inglesa, responsável por parte das denúncias contra dirigentes da Fifa.
"Associam-nos a crimes que não cometemos. Chega. Infelizmente, é barato, não lhes custa nada", reclamou.
Já Blatter se mostrou surpreso com o pedido da Inglaterra para que as eleições fossem adiadas.
Para piorar, a Inglaterra perdeu se assento no Comitê--Executivo. O cargo do Reino Unido ficou com a Irlanda do Norte, com Jim Boyce substituindo o inglês Geoff Thompson, como já estava previsto anteriormente.
Desde o final do ano passado, quando os ingleses só obtiveram dois votos na escolha da Copa, têm havido brigas entre as outras partes da Fifa e sua federação. (RM)


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