São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011

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Falta um

Santos se impõe fora de casa, abre 3 a 1, deixa o Cerro empatar, mas, com Neymar e Zé Love, vai à sua quarta final de Libertadores em busca do tri

Jorge Adorno/Reuters
Neymar e Zé Love celebram o terceiro gol do Santos em Assunção

Cerro Porteño 3
César Benítez, aos 31min do 1º tempo; Lucero, aos 15min, e Fabbro, aos 36min do 2º tempo

Santos 3
Zé Love, aos 2min, Barreto (contra), aos 27min, e Neymar, aos 46min do 1º tempo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

Pela quarta vez na história, a primeira desde 2003, o Santos vai disputar uma decisão da Libertadores. E vai buscar o tricampeonato. A vaga foi conquistada ontem, após empate em 3 a 3 com o Cerro Porteño, em Assunção, no Paraguai.
O time de Neymar e Muricy Ramalho agora espera o vencedor de Vélez x Peñarol, que se enfrentam hoje na Argentina. No jogo de ida, o Peñarol venceu por 1 a 0.
A torcida do Cerro Porteño lotou o estádio General Pablo Rojas e foi responsável por uma festa espetacular na entrada do time em campo. Não deu tempo nem de a fumaça dos rojões se dissipar e o silêncio já imperava na "Olla Azulgrana" (panela azul e grená), como é chamada a casa dos paraguaios.
Zé Love, que iniciava ali seu 15º jogo sem marcar, desencantou logo aos 2min, ao resvalar de cabeça numa cobrança de falta de Elano.
O barulho no estádio vinha agora do pequeno setor em que os torcedores do Santos comemoravam o gol que praticamente classificava o time para a final da Libertadores da América.
A partir dali, o Cerro precisaria fazer o que ninguém, até então, havia chegado perto de conseguir desde a chegada de Muricy: vazar a defesa santista três vezes num mesmo jogo.
O Cerro até conseguiu fazer seu gol, com César Benítez, mas aí já estava 2 a 0 para o Santos, graças a uma lambança do zagueiro Pedro Benítez e do goleiro Barreto.
Ao diminuir a desvantagem, os cerristas cantaram a esperança da virada em um "si, se puede" (sim, é possível) e incendiaram sua equipe para atacar o Santos.
Neste momento, o meio dos paraguaios já tinha sido desfigurado pelo técnico Leonardo Astrada, que colocou os atacantes Iturbe e Lucero para o tudo ou nada em busca da final inédita.
Percebeu o erro aos 46min do 1º tempo, num contra-ataque em que Neymar avançou pela esquerda, recebeu a bola de Arouca, cortou para o meio e marcou mais um.
O Cerro estava a quatro gols de um milagre.
Não demorou até que Lucero acertasse um chute forte para fazer o segundo gol. E o Cerro ainda empataria, aos 36min. Faltavam dois tentos.
O jogo ficou nervoso e Muricy foi atingido na testa por um objeto atirado da arquibancada. Edu Dracena, por reclamação, foi expulso.
O apito do juiz, aos 50min, encerrou a pressão, pôs o Santos na decisão da Libertadores e repetiu o cenário do início do jogo: silêncio da maioria, festa da minoria.


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