São Paulo, segunda-feira, 02 de julho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AUTOMOBILISMO
Na França, ferrarista dispara na liderança do Mundial e fica muito próximo de recorde de vitórias na F-1

Schumacher vence a "corrida perdida"

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS

Michael Schumacher ganhou ontem em Magny-Cours uma prova considerada perdida pela Ferrari, disparou na liderança da temporada e ficou a uma vitória de um recorde histórico da F-1.
Foi o 50º triunfo do alemão. Até hoje, o maior vencedor nos 51 anos da categoria foi o tetracampeão Alain Prost, com 51 vitórias.
Ralf Schumacher, que largou na pole, foi o segundo colocado, estabelecendo a segunda dobradinha da família nesta temporada.
Rubens Barrichello saiu em oitavo, adotou uma estratégia diferenciada e terminou em terceiro.
"Essa vitória foi especial. Vencer é sempre bom, mas aqui tivemos que trabalhar muito. No fim, foi divertido", disse o alemão.
Em seu planejamento para o ano, os engenheiros da Ferrari consideram "perdido" o GP da França. Nas simulações, preferiram não contar com os dez pontos da corrida de ontem.
O motivo, o fato de Magny-Cours ser a pista de testes da Michelin, fornecedora de pneus da Williams, a sensação do Mundial.
Ironicamente, porém, dois problemas nos pneus comprometeram ontem a participação de Ralf.
Até a primeira rodada de pit stops, ele era o líder da corrida, mantendo uma vantagem média de três segundos sobre o irmão mais velho, que pressionava.
O primeiro problema aconteceu nos boxes. Os mecânicos da Williams se atrapalharam no pneu traseiro direito, e Ralf voltou à pista atrás de Michael.
O segundo problema veio em seguida. "O jogo de pneus não estava bom. Meu carro começou a escorregar, sair de frente e de traseira em todo lugar. Ficou difícil continuar na pista e tive que reduzir o ritmo", explicou Ralf.
Normalmente avesso a comentar seus recordes na F-1, Schumacher falou ontem sobre a possibilidade de empatar com a marca do francês Alain Prost na próxima etapa do Mundial, no dia 15, no GP da Inglaterra, em Silverstone.
"Obviamente estou entusiasmado por ter conseguido minha 50ª vitória. É um grande número", afirmou. "Mas minha meta principal não é sair por aí batendo recordes. Eu trabalho, todos os anos, para vencer o Mundial. Recordes estão entre as prioridades secundárias para mim."
Único piloto a fazer três pit stops na corrida, Barrichello comemorou muito o resultado. E trocou a "sambadinha" no pódio por um gesto comum ao futebol: "embalou" a taça no pódio, em alusão ao seu primeiro filho, que vai nascer no final do ano.


Texto Anterior: Dia-a-dia dos clubes
Próximo Texto: Alemão pode ganhar título em 2 GPs
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.