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AUTOMOBILISMO
Na França, ferrarista dispara na liderança do Mundial e fica muito próximo de recorde de vitórias na F-1
Schumacher vence a "corrida perdida"
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS
Michael Schumacher ganhou
ontem em Magny-Cours uma
prova considerada perdida pela
Ferrari, disparou na liderança da
temporada e ficou a uma vitória
de um recorde histórico da F-1.
Foi o 50º triunfo do alemão. Até
hoje, o maior vencedor nos 51
anos da categoria foi o tetracampeão Alain Prost, com 51 vitórias.
Ralf Schumacher, que largou na
pole, foi o segundo colocado, estabelecendo a segunda dobradinha
da família nesta temporada.
Rubens Barrichello saiu em oitavo, adotou uma estratégia diferenciada e terminou em terceiro.
"Essa vitória foi especial. Vencer é sempre bom, mas aqui tivemos que trabalhar muito. No fim,
foi divertido", disse o alemão.
Em seu planejamento para o
ano, os engenheiros da Ferrari
consideram "perdido" o GP da
França. Nas simulações, preferiram não contar com os dez pontos da corrida de ontem.
O motivo, o fato de Magny-Cours ser a pista de testes da Michelin, fornecedora de pneus da
Williams, a sensação do Mundial.
Ironicamente, porém, dois problemas nos pneus comprometeram ontem a participação de Ralf.
Até a primeira rodada de pit
stops, ele era o líder da corrida,
mantendo uma vantagem média
de três segundos sobre o irmão
mais velho, que pressionava.
O primeiro problema aconteceu
nos boxes. Os mecânicos da Williams se atrapalharam no pneu
traseiro direito, e Ralf voltou à
pista atrás de Michael.
O segundo problema veio em
seguida. "O jogo de pneus não estava bom. Meu carro começou a
escorregar, sair de frente e de traseira em todo lugar. Ficou difícil
continuar na pista e tive que reduzir o ritmo", explicou Ralf.
Normalmente avesso a comentar seus recordes na F-1, Schumacher falou ontem sobre a possibilidade de empatar com a marca
do francês Alain Prost na próxima
etapa do Mundial, no dia 15, no
GP da Inglaterra, em Silverstone.
"Obviamente estou entusiasmado por ter conseguido minha
50ª vitória. É um grande número", afirmou. "Mas minha meta
principal não é sair por aí batendo
recordes. Eu trabalho, todos os
anos, para vencer o Mundial. Recordes estão entre as prioridades
secundárias para mim."
Único piloto a fazer três pit
stops na corrida, Barrichello comemorou muito o resultado. E
trocou a "sambadinha" no pódio
por um gesto comum ao futebol:
"embalou" a taça no pódio, em
alusão ao seu primeiro filho, que
vai nascer no final do ano.
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