São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

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MULTIMÍDIA

Mídia internacional fala de papel crucial de Ronaldo no título

Reprodução
O diário "Süddeutsche Zeitung" diz que o Brasil foi fulminante na conquista de seu quinto título mundial
O "Berliner Morgenpost" exorta os alemães a manter a cabeça erguida e salienta que o país é vice-campeão mundial
O "Hamburger Morgenpost" lamenta a derrota para o Brasil e diz que, em 2006, a Alemanha será campeã
O tablóide "Bild" também destaca a infelicidade do goleiro Oliver Kahn, classificado de "nosso herói trágico"
O "Berliner Kurier" diz que todos choram junto com Olli Kahn, que falhou no primeiro gol do Brasil na final


DA REPORTAGEM LOCAL

A imprensa internacional foi unânime em salientar o papel crucial desempenhado por Ronaldo na campanha vitoriosa do Brasil na Copa do Mundo. Para algumas publicações, Ronaldo foi o "messias do Mundial"; para outra, ele teve a "mais doce das vinganças".
De acordo com o diário espanhol "El País", o triunfo brasileiro constituiu um "ato duplo de justiça". Primeiro, porque foi o Brasil que ganhou a Copa, e "ninguém se atreve a questionar seus méritos". Segundo, porque reabilitou Ronaldo, "que só precisou de sete partidas para voltar ao topo".
"Herói de um torneio que precisava urgentemente de um messias, Ronaldo foi o personagem principal da final, marcando os dois gols que deram a vitória aos brasileiros sobre a Alemanha", escreveu o reputado jornal espanhol.
Para o diário francês "Le Monde", os dois gols de Ronaldo na final confirmaram que o Brasil é o país que reina no mundo do futebol. O jornal também destacou o fato de a decisão ter reunido as duas seleções com melhor campanha na história das Copas. "Foi um verdadeiro choque de titãs."
Porém, segundo o jornal francês, o Mundial deixou a desejar "por conta da falta de grandes jogos e de um cansaço generalizado que atingiu os profissionais da bola".
De acordo com o britânico "The Independent", a Copa do Mundo asiática marcou a "redenção de Ronaldo". Mas, por outro lado, a decisão serviu para "destruir uma última reputação", a do goleiro alemão. "A 23 minutos do final, Oliver Kahn capitulou", escreveu.
Para o jornal esportivo italiano "Gazzetta dello Sport", "o Brasil pentacampeão é o Brasil de um Ronaldo sublime, autor dos dois gols que decidiram o encontro". "Trata-se de um Ronaldo reencontrado, que se reconcilia com o futebol. Alguém que supera suas carências físicas graças a uma enorme inteligência tática."
Segundo o diário esportivo argentino "Olé", o atacante é o "novo rei" do futebol brasileiro. A publicação relembrou todas as contusões que o afligiram nos últimos anos e concluiu que, apesar de tudo, Ronaldo é um "fenômeno".
Para o jornal "The New York Times", a Copa propiciou ao craque brasileiro "a mais doce das vinganças", pois, após ter seu talento questionado, ele foi o protagonista da vitória.


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