São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2004

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AUTOMOBILISMO

Mosley quer forçar pacote de mudanças

Homem que queria mudar a cara da F-1 anuncia que vai renunciar

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS

Em um comunicado curto, Max Mosley escancarou ontem a crise da F-1. Comandante do automobilismo mundial desde 91 e com mandato até outubro de 2005, o inglês anunciou sua renúncia.
"Max Mosley informa que irá deixar a presidência da FIA em outubro de 2004", afirma a nota, que surpreendeu até os funcionários da entidade em Magny-Cours, onde hoje começam os treinos livres para o GP da França, décima etapa do Mundial.
Logo após as duas sessões, às 11h (de Brasília), o dirigente vai falar sobre a decisão em entrevista coletiva. Mas o motivo já é conhecido: insatisfeito com os rumos da F-1, quer pressionar as equipes.
Desde Imola, Mosley tenta emplacar um pacote de regras que prevê, por exemplo, venda de componentes entre as equipes, adoção de motores V8 e padronização de alguns componentes.
Para que essas mudanças sejam implantadas, porém, deve haver consenso entre os times. E este é o problema. Equipes em dificuldades, como Jordan e Minardi, vêm barganhando seus votos por participações maiores nos direitos de TV. Outras, como Ferrari e sua parceira comercial, a Sauber, se opõem à maioria das sugestões.
Na França, acredita-se que, se os times voltarem atrás e aprovarem parte do pacote, Mosley pode mudar de idéia. Caso contrário, a F-1 terá que achar um substituto. Nome lançado pelo próprio inglês, Jean Todt, da Ferrari, dificilmente aceitaria. Ele acaba de ser alçado a diretor-geral da montadora e vislumbra a presidência da escuderia com a nomeação de Luca di Montezemolo ao comando da Fiat.


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