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AUTOMOBILISMO
Mosley quer forçar pacote de mudanças
Homem que queria mudar a cara da F-1 anuncia que vai renunciar
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS
Em um comunicado curto, Max
Mosley escancarou ontem a crise
da F-1. Comandante do automobilismo mundial desde 91 e com
mandato até outubro de 2005, o
inglês anunciou sua renúncia.
"Max Mosley informa que irá
deixar a presidência da FIA em
outubro de 2004", afirma a nota,
que surpreendeu até os funcionários da entidade em Magny-Cours, onde hoje começam os
treinos livres para o GP da França,
décima etapa do Mundial.
Logo após as duas sessões, às
11h (de Brasília), o dirigente vai
falar sobre a decisão em entrevista
coletiva. Mas o motivo já é conhecido: insatisfeito com os rumos da
F-1, quer pressionar as equipes.
Desde Imola, Mosley tenta emplacar um pacote de regras que
prevê, por exemplo, venda de
componentes entre as equipes,
adoção de motores V8 e padronização de alguns componentes.
Para que essas mudanças sejam
implantadas, porém, deve haver
consenso entre os times. E este é o
problema. Equipes em dificuldades, como Jordan e Minardi, vêm
barganhando seus votos por participações maiores nos direitos de
TV. Outras, como Ferrari e sua
parceira comercial, a Sauber, se
opõem à maioria das sugestões.
Na França, acredita-se que, se os
times voltarem atrás e aprovarem
parte do pacote, Mosley pode mudar de idéia. Caso contrário, a F-1
terá que achar um substituto. Nome lançado pelo próprio inglês,
Jean Todt, da Ferrari, dificilmente
aceitaria. Ele acaba de ser alçado a
diretor-geral da montadora e vislumbra a presidência da escuderia
com a nomeação de Luca di Montezemolo ao comando da Fiat.
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