São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2004

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FUTEBOL

Celebração do título da Copa do Brasil, o maior da história do time, tem ainda discurso de prefeito e palco abandonado

Desabituado, Santo André racha o troféu

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

No seu primeiro dia como campeão de um torneio nacional, o Santo André mostrou que ainda vai levar um tempo para se acostumar a essa nova realidade. A merecida festa da vitória passou por alguns percalços de estrutura.
No pequeno palco armado no Paço Municipal da cidade, a quantidade de penetras acabou impedindo que os jogadores celebrassem o título ali, antes de subirem em carro do Corpo de Bombeiros. Com medo de que o piso do espaço cedesse, a organização preferiu abandonar o palquinho.
Nessa hora, em que a taça passou perto da reportagem da Folha, pôde-se notar que a base do troféu estava rachada. "Ela é frágil, acabou trincando na passagem de mão em mão", afirmou um funcionário do clube.
Antes de chegar ao local, os jogadores ainda esperaram dentro do ônibus que os levou do aeroporto de Congonhas até a cidade. Antes que descessem, quem subiu foi o prefeito José Amavileno (PT), que é candidato à reeleição e discursou no palquinho.
Empolgada, a torcida cantava o hino do clube, repetido à exaustão pelo sistema de som, e corinhos típicos da torcida do Flamengo, como "Poeira, levantou poeira" e "O Maraca é nosso".
Felizes, os jogadores atendiam a pedidos de autógrafos e cumprimentavam a torcida de dentro do ônibus. Alguns, como Sandro Gaúcho, estavam visivelmente emocionados. O artilheiro do time na competição, com seis gols, abraçou às lágrimas sua mulher, Liliane, e os três filhos.
"Provamos que não são 70 mil nem 80 mil pessoas que ganham jogo", disse o volante Ramalho, sobre a maioria rubro-negra presente na final da Copa do Brasil.
A carreata, que estava prevista para as 16h, começou por volta das 17h40, devido ao atraso na saída do time do aeroporto de Congonhas, onde a equipe foi recepcionada por dois ônibus de torcedores. Saindo do Paço Municipal, o buzinaço ao som do hino passeou pela cidade com destino ao estádio Bruno José Daniel, onde chegou por volta das 19h30.
Depois da festa, o time iria para a concentração com vistas ao jogo com a Portuguesa, amanhã, no Canindé, pela Série B.


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