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Roberto Carlos empaca no gol
Em mais uma partida na qual pouco rendeu, lateral decidiu ajeitar meia e não acompanhou Henry
Sempre falante, jogador alega, de forma irônica,
que seu pai o proibia de
dar entrevistas e se nega
a comentar a eliminação
DA REPORTAGEM LOCAL
No Estádio de Frankfurt, a
torcida brasileira protestou
contra Cafu e o técnico Carlos
Alberto Parreira, mas Roberto
Carlos foi poupado. Possivelmente, a maioria dos presentes
não viu o jogador ajeitar a meia
e deixar Henry livre para fazer
o gol da França. A cena pôde ser
percebida claramente pela TV.
O lateral-esquerdo era o mais
próximo do atacante francês.
Mas, em vez de acompanhá-lo,
ficou parado na linha da grande
área, enquanto Henry completava, livre, para as redes.
Sempre falante antes e depois dos jogos, Roberto Carlos,
como outros jogadores, não
quis dar entrevistas após a partida. Preferiu apelar para a ironia, ao afirmar que seu pai o
proibia de falar.
Sua saída foi o fim de uma
participação ineficaz em mais
uma partida decisiva contra a
França. Na final da Copa de
1998, também teve atuação pífia na derrota por 3 a 0.
Ontem, pecou pela omissão
no lance do gol e por ineficiência no restante da partida.
O jogador foi o mais acionado
da seleção no jogo: recebeu um
total de 46 bolas. Só que errou
muito mais do que acertou.
Defensivamente, foi somente o quarto jogador com mais
desarmes, um total de 16. Ficou
atrás dos dois zagueiros e do
volante Giberto Silva.
O jogador do Real Madrid teve também um alto índice de
passes errados. Foram seis falhas e 44 acertos. Isso significa
que ele errou mais de 10%, índice bem superior à média brasileira até o mata-mata de ontem.
Ofensivamente, foi um fracasso. Tentou seis cruzamentos, errou cinco deles. Só finalizou uma vez a gol, e errado.
Nesta Copa, foi uma tônica a
falta de ímpeto ofensivo de Roberto Carlos. E, quando se
aventurou no ataque, não conseguiu produzir grande coisa.
Mais: ficou fora do terceiro
jogo, 4 a 1 no Japão, quando o
Brasil jogou melhor e seu reserva, Gilberto, marcou um gol.
Ao final dessa partida, Roberto Carlos fez questão de minimizar a atuação brasileira,
afirmando que os japoneses,
que precisavam vencer, tinham
atuado muito abertos.
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