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Beckham chora, e técnico se despede da Inglaterra
DO ENVIADO A GELSENKIRCHEN
O maior temor inglês, a disputa de pênaltis, definiu mais
uma vez a sorte (ou o azar) da
seleção da Inglaterra.
""Não temos que lamentar pelo árbitro, pela expulsão de
Rooney, mas sim pelos pênaltis. Mais uma vez saímos de
uma competição dessa forma.
Não foi falta de treino. Treinamos muitos pênaltis e erramos
três de quatro cobranças. Não
fomos bem", afirmou Sven-Göran Eriksson, que fez ontem
sua última partida como técnico do English Team.
O sueco teve que substituir
Beckham no início do segundo
tempo por contusão. O capitão
do time passou a parte final da
partida chorando no banco de
reservas. ""No intervalo, ele se
queixou de dores por causa de
uma pancada no joelho. Conversamos com o médico e concordamos em deixar ele voltar,
mas não suportou", contou
Eriksson, que parabenizou
Portugal pela vitória e desejou
sorte a Scolari no torneio.
""Saímos nas quartas-de-final
na Copa de 2002 e na Eurocopa
de 2004 e foi OK. Desta vez,
merecíamos ir mais longe. Sei
que o time era bom, e os torcedores ingleses mereciam ver o
time ir mais longe. Não estou
aliviado. Estou triste e um pouco bravo", disse o treinador
mais criticado da Inglaterra das
últimas décadas.
Ontem, seus principais jogadores não renderam bem. Lampard e Gerrard, além de não fazerem a bola chegar com qualidade ao ataque, ainda desperdiçaram cobranças de pênalti.
Beckham deixou o campo lesionado, e Rooney conseguiu ser
expulso em lance no campo de
defesa disputando a bola com
dois portugueses.
Rooney e Beckham saíram de
cabeça baixa e não falaram com
a imprensa.
Gerrard tratou de defender
Rooney, que era a grande esperança do time para a Copa -foi
levado à Alemanha mesmo perdendo os primeiros jogos por se
recuperar de fratura no pé.
""Demos tudo o que pudemos,
e espero que as pessoas não culpem Rooney ou os batedores de
pênaltis", afirmou o capitão do
Liverpool, que já fracassara no
Mundial de Clubes.
O zagueiro Rio Ferdinand
disse que faltou sorte. ""Nós merecíamos vencer hoje. Eles
nunca marcariam um gol apesar de darem vários chutes. Nós
não baixamos a cabeça com dez
homens e criamos boas chances", afirmou o jogador.
Em 2002, a Inglaterra perdeu do Brasil por 2 a 1 quando
tinha um jogador a mais, o que
fez a eliminação soar como certa covardia.0
(RBU)
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