São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Corinthians vende antes e amarga lucro menor

Clube deve ficar sem faturar R$ 2,75 milhões com saída de André Santos

Jogador, que teve 22,5% dos direitos cedidos a empresa, pode ir ao Werder Bremen por R$ 30 milhões; alvinegro ficaria com R$ 8,25 milhões

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

Depois de deixar de ganhar cerca de R$ 5,75 milhões com a venda do atacante Jô para o Manchester City, o Corinthians agora pode deixar de ganhar pelo menos outros R$ 2,75 milhões com uma eventual negociação do lateral André Santos para o Werder Bremen.
Segundo o representante do atleta, o presidente corintiano Andres Sanchez irá se reunir nos próximos dias com cartolas do clube alemão, que oferecem 12 milhões (R$ 30 milhões).
O interesse da equipe alemã vem desde, pelo menos, o mês de maio. No entanto, no início do mês passado, os corintianos, que possuíam 50% dos direitos de André Santos, venderam 22,5% de sua parte à empresa DIS, do grupo Sonda.
Além do lateral, o atacante Dentinho teve negociado 22,5%, e o zagueiro Renato, 25%. Tudo isso rendeu ao clube R$ 9 milhões. Segundo cartolas, a parte referente a André no pacote é de R$ 4 milhões.
Caso ele saia por R$ 30 milhões, o Corinthians receberia R$ 8,25 milhões. O restante seria dividido pela DIS (R$ 6,75 milhões) e pelo Figueirense, dono de 50% do lateral, que ficaria com R$ 15 milhões.
Ou seja, mesmo que no pacote Dentinho e Renato tivessem sido vendidos de graça para a DIS, a transação só ultrapassaria a venda para o clube alemão em R$ 1,7 milhão.
O vice-presidente jurídico do clube, Sérgio Alvarenga, diz ser contra o negócio, já que o clube discute na Justiça com o Werder Bremen a venda do meia Carlos Alberto. "A minha opinião é que não podemos fazer nenhum acordo com eles enquanto essa situação não se resolver", afirma.
A justificativa da diretoria para negociar a parte do lateral é a de que precisava de dinheiro para quitar parcela com o Lyon referente à venda do atacante Nilmar, de R$ 5 milhões.
Entre maio e junho, os cartolas disseram que tinham R$ 8,4 milhões em dívidas extra-orçamentárias. O clube alega não poder esperar por ofertas melhores porque não tem mais crédito para negociar empréstimos bancários. Um outro agravante é que não há o registro do estatuto, exigido pelas instituições financeiras para liberar o crédito.
Por esse motivo, o Corinthians vendeu 10% dos direitos de Jô por R$ 2,3 milhões em maio, em vez de esperar o CSKA negociá-lo com o Manchester City neste mês.
Se tivesse aguardado, o clube receberia R$ 5,75 milhões pelo negócio, de 23 milhões (R$ 57,5 milhões). Sem contar ainda que agora pode pedir 3% por ter sido o clube formador, o que lhe dará cerca de R$ 1,7 milhão.
Mas, para isso, há um trâmite burocrático, com a apresentação de documentos e custos com advogados.


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