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Série B do apito
Após excluir árbitros que erraram e ter de evitar os da América do Sul, Fifa é obrigada a escalar juízes
inexperientes para as quartas
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
A exclusão de árbitros experientes por erros e a boa
campanha das seleções sul-
-americanas obrigaram a Fifa
a escalar juízes com poucos
jogos em Copas para as quartas de final na África do Sul.
Dois deles já sofreram críticas em suas carreiras.
Esses árbitros atuarão sob
pressão após falhas crassas
em duas partidas das oitavas
de final. A crise levou a Fifa a
admitir reabrir a discussão
sobre o uso da tecnologia.
Dos quatro árbitros escalados para as quartas, três nunca apitaram em um Mundial
antes da edição da África do
Sul. A exceção é o guatemalteco Carlos Batres, 42, que irá
apitar Paraguai x Espanha.
Ele atuou na Copa de 2002.
Nesse Mundial, apitou um
jogo dos paraguaios contra
os alemães, nas oitavas. E
deixou os sul-americanos irritados. "Não tem nível para
apitar a Copa do Mundo. Insulta os jogadores. É péssimo", afirmou o ex-goleiro paraguaio Chilavert, que hoje é
comentarista e está na África.
Naquele jogo, Batres expulsou o paraguaio Roberto
Acuña. Segundo o time sul-
-americano, deixou ainda de
dar pênaltis a seu favor. A
Alemanha venceu (1 a 0).
Um dos juízes sem histórico em Copa é o português
Olegário Benquerença, 40,
que foi alvo de chacota em
seu país por erro similar ao
do uruguaio Jorge Larrionda,
que em Inglaterra x Alemanha não viu a bola entrar no
gol em chute de Lampard.
Benquerença será o árbitro de Uruguai x Gana.
Alemanha x Argentina terá Ravshan Irmatov, 32, do
Uzbequistão. Ele tem carreira
internacional recente, iniciada em 2003. Mas não se envolveu em polêmicas e chegou à Copa por arbitragem
no Mundial de Clubes-2008.
Foi escolhido para as quartas devido à atuação no Mundial, em especial na abertura, África do Sul 1 x 1 México.
O japonês Yuichi Nishimura, 38, apita o jogo do Brasil
contra a Holanda. Ele se tornou árbitro internacional em
2004 e tem a menor experiência nesse nível entre os quatro das quartas de final.
Assim, dois dos quatro juízes são asiáticos, pois a Fifa
evita escalar árbitros dos
continentes dos países envolvidos nos jogos -há três
times europeus e quatro sul-americanos nas quartas.
E há juízes mais gabaritados que estão sendo guardados para as semifinais e a final, como o inglês Howard
Webb.
(RODRIGO MATTOS)
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