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além do morumbi
São Paulo joga com tudo ao seu favor
Em vantagem contra o Chivas, time decide ida à final da Libertadores pela 1ª vez em casa, onde nunca perdeu mata-mata
Em seis confrontos, clubes mexicanos jamais bateram adversários brasileiros
em confrontos diretos na competição continental
TALES TORRAGA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Aproveitar uma vantagem
inédita na Libertadores. Jogar,
pela primeira vez, a semifinal
derradeira em casa, tendo vencido a primeira partida por 1 a 0
no México, em um lugar onde
costumava se dar mal.
Ao contrário do Morumbi,
incólume nas 22 vezes em que o
São Paulo foi desafiado em mata-matas na competição.
Cenário tão favorável transformará uma derrota são-paulina hoje contra o Chivas em
um desastre histórico. Até um
empate será suficiente para o
time chegar à sexta final de Libertadores, a segunda seguida.
Derrota de 1 a 0 levará a decisão da vaga para a disputa de
pênaltis. As chances para isto
são historicamente pequenas.
Em 22 jogos no Morumbi em
mata-matas, foram 21 vitórias e
só um empate, há dois anos, 0 a
0 contra o Once Caldas (COL).
Se o Chivas vencer por 2 a 1
ou mais, fica com a vaga e se
torna o segundo time mexicano
a fazer final de Libertadores -o
primeiro foi o Cruz Azul, que
caiu nos pênaltis para o Boca
Juniors em 2001, na Argentina.
Entre os jogadores, a conversa é de jogo franco. "Não podemos mudar nossa maneira de
atuar. Se entrar pensando no
empate, vamos dar vantagem
para eles saírem para o ataque",
afirmou o meia Danilo.
Nas 52 semifinais realizadas
na história, uma única equipe
conseguiu cumprir com sucesso a missão destinada hoje ao
Chivas. Foi o Olimpia do Paraguai, que perdeu o primeiro jogo em casa e bateu o Internacional em 1989 no Beira-Rio.
Outro sinal da inglória tarefa
dos visitantes: nunca um time
mexicano eliminou uma equipe brasileira em mata-matas na
Libertadores. Os dois países se
cruzaram em seis ocasiões, a
primeira delas em 2000.
Embora reconheça a dificuldade, o Chivas se apóia em seu
último jogo fora de casa -2 a 1
no argentino Vélez Sarsfield,
nas quartas. Foi o mesmo placar que os mexicanos impuseram ao São Paulo na fase inicial,
tanto no Morumbi como em
Guadalajara. "Aqueles jogos
nos motivaram", reconhece o
técnico Muricy Ramalho.
Mas as vantagens são-paulinas transcendem o retrospecto. Líder do Brasileiro, o time
que jogará hoje será o mesmo
que atuou pela última vez só na
semana passada. Descansada, a
equipe contará ainda com o
apoio de 70 mil torcedores que
lotarão o Morumbi. "O estádio
estará mais quente do que a
Arábia Saudita no verão", exagerou o zagueiro Lugano, que
promete "dar a vida pelos 16
milhões de são-paulinos".
O discurso é parecido com o
do atacante Müller antes da final contra o Vélez Sarsfield na
Libertadores de 1994: "É lutar
por todos, não só pelos que estarão no Morumbi".
Não bastou. Apesar de ganhar por 1 a 0, o time de Telê
Santana caiu nos pênaltis, para
tristeza de 92.560 pessoas.
Mas aquele São Paulo não tinha vencido o jogo de ida.
NA TV - São Paulo x Chivas Globo e Sportv, às 21h45, ao vivo
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