Equipe é líder em finalizações, porém média de gols é de apenas um por partida

Em casa e diante de rival que considera "pequena pedra", time de Muricy Ramalho busca acertar o pé, de olho nos critérios de desempate

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os números não têm sido bons companheiros para o vice-líder São Paulo. Dono do elenco que mais finaliza e realiza dribles por partidas neste Brasileiro, o time de Muricy Ramalho tenta contra o Juventude, no Morumbi, às 20h30, mais uma vez fazer valer seu poderio ofensivo, até agora pouco eficiente na competição.
Em 15 jogos, o time do Morumbi fez 15 gols -média de um tento por partida. No entanto, segundo os números do Datafolha, a equipe, que caça o Botafogo no Nacional, tem o melhor número de finalizações por partida. São 15 conclusões certas a cada vez que entra em campo, o que deveria refletir num ataque mais artilheiro.
Nos dribles, o time do Morumbi também leva vantagem -16,5 fintas por partida.
Considerando que o saldo de gols é um dos critérios de desempate para a liderança da competição, os paulistas começam a ligar o alerta vermelho.
"Tive um técnico que dizia que não adianta chutar sem o corpo estar posicionado corretamente", diz Hernanes, autor de um gol neste Brasileiro. "Acredito que falta um pouco mais de precisão [nos chutes]. Mas o bom é que a bola tem entrado, e com o tempo os gols [em maior quantidade] vão voltar a sair", completa o volante.
Sem perder há três rodadas, o São Paulo busca diante do aflito Juventude sua quarta vitória consecutiva, feito que a equipe ainda não alcançou nesta edição do campeonato.
O adversário desta noite habita a zona de rebaixamento, com somente 15 pontos. E os são-paulinos não pretendem bobear, como prega o sempre filosófico Hernanes.
"Não podemos tropeçar nas pequenas pedras. Qualquer ponto perdido será lamentado se não chegarmos ao título. Temos que ficar mais ligados nos jogos que parecem ser menos difíceis", ressalta o volante.
"Eles vão vir bem fechados", afirma o meia Hugo, que volta a ser titular após nove rodadas.
Com o novo esquema de Muricy, agora atuando no 4-4-2, Hugo acredita que não será tão requisitado na armação das jogadas para os atacantes.
"Facilita. Jogando sozinho no meio, eu ficava muito sobrecarregado. Agora, a marcação não fica em um só jogador", complementa ele, artilheiro do time na temporada (oito gols).