São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

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Brasil faz encontro de 'terceirizados'

BASQUETE
Confederação da República Dominicana, rival de hoje, também é gerida por empresa privada


DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A MAR DEL PLATA

O encontro entre Brasil e República Dominicana, em Mar del Plata, marca o duelo pela ponta do Grupo A do Pré-Olímpico. A competição vai até 11 de setembro e dá duas vagas para Londres-2012.
O duelo opõe, também, dois modelos semelhantes de gestão de uma confederação de basquete. Tanto na Fedombal (Federação Dominicana de Basquete), como na CBB (Confederação Brasileira de Basquete), uma empresa privada dá as cartas na parte técnica e administrativa.
No país caribenho é a Southgate, que também gere um time da liga de beisebol.
No Brasil, é a BSB (Brunoro Sports Business), do empresário José Carlos Brunoro, diretor de marketing da CBB e gerente da parceria Palmeiras/Parmalat nos anos 1990.
Mas a relação de Brunoro com a confederação é muito maior do que exige o cargo. "A gente [BSB] faz a gestão da confederação junto com o Carlos Nunes", disse Marcelo Doria, presidente da BSB, citando o presidente da CBB.
Foi Brunoro quem indicou o ex-jogador Vanderlei Mazzuchini para ser diretor de seleções masculinas da confederação. Em seguida, avaliou o nome do argentino Rubén Magnano para o comando do time que disputa este Pré-Olímpico.
Procedimento idêntico ocorreu no feminino, em que a também ex-jogadora Hortência foi alçada à condição de diretora do departamento feminino da CBB por Nunes.
"É difícil contar com a experiência do Brunoro e não ouvi-lo nos assuntos técnicos", justificou Doria.
Ao mesmo tempo em que atua no departamento técnico, a BSB opera na parte estrutural e até física da entidade. "A gente reformou a confederação inteirinha. Abrimos um espaço lá para a área técnica, porque, em capital humano, esse departamento cresceu 300%", adicionou.
"Temos vínculo como agência de marketing e empresa que, digamos, presta consultoria à confederação. E executa. Mas esse é o ônus que vem junto", falou Doria, em entrevista à Folha em abril deste ano, quando foi divulgado o faturamento da confederação em 2010: aproximadamente R$ 16 milhões.
Desse montante, disse Doria, 40% provêm da Lei Piva e de convênios com o Ministério do Esporte. Mais 25% foram captados via lei de incentivo do governo federal. O restante vem de patrocinadores.
Nike, Bradesco e Eletrobras, que é uma empresa do governo, estampam suas marcas nas camisas da seleção, nos campeonatos e no site oficial da confederação.
O balanço anual da entidade não revela quanto a BSB recebe. "O valor do contrato é variável. De acordo com o desempenho da BSB, assumimos o risco", resumiu Doria.
O vínculo entre BSB e CBB vai até 2014, último ano de mandato de Carlos Nunes, mas já há planejamento estratégico até os Jogos de 2020, cuja sede nem foi definida.

NA TV
Brasil x R. Dominicana
18h Bandsports, ESPN Brasil, Esporte Interativo e Sportv




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