São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Outro clube

Após quase 7 meses agitados, Luis Fabiano enfim reestreia no São Paulo, um time bastante diferente do que ele encontrou na volta ao futebol nacional

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Dia 11 de março de 2011. O São Paulo anuncia o retorno, após sete anos na Europa, de Luis Fabiano, 12º maior artilheiro de sua história e ídolo de uma era de poucos títulos.
Dia 2 de outubro de 2011. Depois de longa espera, o time do Morumbi lança mão de sua maior esperança para voltar a ser campeão brasileiro após dois anos de seca.
Quase sete meses separam o fechamento do negócio de € 7,6 milhões (quase R$ 19 milhões, na cotação atual) e a partida contra o Flamengo.
Meses em que tudo aconteceu no São Paulo e com Luis Fabiano. De uma apresentação histórica, com a presença de 45 mil pessoas, à reformulação de um elenco, passando por duas cirurgias.
O centroavante retornou ao Brasil machucado. Tinha uma contusão no tendão do joelho direito. Mas acreditava que logo poderia jogar.
O departamento médico são-paulino também apostava nisso e previu por três vezes sua estreia. Mas não deu, e o atacante teve que passar por uma raspagem de fibrose e, depois, por uma cirurgia plástica para cicatrização.
Quando voltou aos treinos, encontrou uma equipe completamente diferente daquela que imaginava que defenderia quando assinou contrato por quatro temporadas.
Figurões, como Alex Silva, Miranda e Fernandão, haviam ido embora. Seus novos parceiros eram apostas recém-chegadas ao time, casos de Piris, Cícero e João Filipe.
Dos titulares de março, apenas Rogério, Rhodolfo, Juan, Casemiro, Lucas e Dagoberto continuam firmes -Carlinhos Paraíba corre sério risco de voltar para a reserva.
A própria política de formação do elenco foi alterada. Luis Fabiano, 30, foi contratado para, ao lado de Rogério, liderar um grupo que não parava de receber atletas da base. Agora, as promoções dos jovens estão estancadas.
E quem comanda o time dentro de campo é Adilson Batista. Há sete meses, era Paulo César Carpegiani, que por diversas vezes lamentou não poder usar o camisa 9.
No dia em que o Fabuloso chegou, o treinador tinha quatro oportunidades de levar o São Paulo a um título neste ano. Ao ser demitido, havia deixado escapar duas delas: a Copa do Brasil e o Paulista. Agora, só restam a Série A e a Sul-Americana.
Parte da comissão técnica também foi trocada. O preparador físico Riva Carli, que era responsável por colocar o atacante em forma antes das cirurgias, ficou sem emprego.
"Já estou acostumado com isso no futebol. Muita coisa mudou. O importante é que melhorou. A gente procura se acostumar", disse o jogador.

NA TV
São Paulo x Flamengo
16h Band e Globo (menos SP)




Texto Anterior: Vitórias ajudam Ricardo, afirma interino
Próximo Texto: Em dia de festa, equipe desafia deficiência contra os melhores
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.