São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2007

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CBF esvazia a CPI do Corinthians

DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL

O lobby do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, surtiu efeito. Se antes sobravam 39 assinaturas de deputados para instalar a CPI do Corinthians/MSI, agora faltam 37.
Após a articulação do cartola, que aconteceu até durante a sua viagem a Zurique, 75 deputados federais retiraram seu apoio. Três senadores fizeram o mesmo, mas no Senado ainda sobram assinaturas.
Agora, o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) têm até quarta-feira para conseguir novas adesões para a CPI.
Em sua manobra, o dirigente pediu a governadores de Estados candidatos à Copa de 2014 que agissem em seus partidos contra a investigação. Vários deles estavam com Teixeira na sede da Fifa para o anúncio do Brasil como sede do Mundial, na terça.
Teixeira também afirmou que a Fifa era contra a investigação. E que isso poderia tirar a Copa do Brasil. Mas foi desmentido em seguida por Joseph Blatter, presidente da federação internacional.
Para que seja criada, a CPI necessita de, no mínimo, assinaturas de 171 deputados e de 27 senadores. Originalmente, no total, haviam assinado 209 deputados e 38 senadores, 49 parlamentares a mais do que o necessário.
A estratégia de Torres agora é divulgar o nome dos desistentes, para que se sintam constrangidos. "Quem mudou uma vez de idéia pode mudar outra", afirmou o deputado.
Segundo aliados de Teixeira, que já foi investigado por duas CPIs, o cartola crê que a meta dos parlamentares é atingi-lo. "Não sei do que ele tem medo. A investigação não é sobre a CBF", disse Torrres.
Oficialmente, a CPI quer investigar lavagem de dinheiro e outros crimes que teriam sido praticados pela parceria corintiana.


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