São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2007

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EUA proíbem o uso de MP3 nas corridas de rua

Federação atribui falhas de comunicação a fones

DA REPORTAGEM LOCAL

Os corredores anônimos, muitos atletas de fim de semana, estão na mira da federação de atletismo dos EUA.
A entidade proibiu o uso de fones de ouvido e tocadores de MP3 durante as provas de rua. A justificativa é "aumentar a segurança dos participantes", que, distraídos pela música, têm dificuldade em ouvir as orientações de voluntários e até alertas de outros corredores, podendo gerar acidentes.
Os atletas de alto nível, os que se dividem no pódio das principais competições, costumam não usar apetrechos eletrônicos enquanto estão em ação na disputa pelo topo. Alegam que tira a concentração e diminui a percepção dos rivais.
Jill Geer, porta-voz da federação norte-americana, explicou ao "New York Times" que a decisão levou em conta as falhas de comunicação que os radinhos acarretariam -e que podem gerar até ações judiciais, acerca do seguro contra acidentes dos corredores.
A dirigente não citou casos práticos, mas reconheceu que a ausência de música poderia afetar o desempenho de competidores não profissionais.
Em teoria, a medida teria de ser cumprida na Maratona de Nova York, no domingo. Mas os organizadores, que desaconselharam o uso de rádios, já admitiram que é impossível controlar a multidão de 38 mil pessoas que deve competir.
Em junho, em Duluth, no Estado de Minnesota, os promotores recolheram os MP3 antes da largada e enviaram os aparelhos a seus donos pelo correio. Ainda assim, 30 foram desclassificados ao serem pegos burlando a proibição.
"Se respaldam a proibição dizendo que as pessoas não escutam as orientações, será que isso significa que eles vão banir os surdos também?", indagou Jennifer Lamkins ao jornal de Nova York. Ela participou, no último final de semana, de uma prova em Washington.
Alguns até cogitam ignorar a norma. E se aproveitam do avanço da tecnologia. "Os aparelhos estão cada vez menores. Desafio qualquer um a achar meu iPod", disse Richie Sais, que também correu com o aparelho na capital dos EUA.


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