São Paulo, segunda-feira, 02 de novembro de 2009

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JUCA KFOURI

Um empate retumbante


E aconteceu de tudo no clássico, para alviverde algum botar defeito; já os tricolores e alvinegros...


O CALOR em Presidente Prudente, no horário de verão, proibia que houvesse futebol no primeiro tempo de Palmeiras e Corinthians, com público pífio por causa do preço dos ingressos. Pouco mais de 18 mil torcedores, menos da metade do que cabe no elefante branco da cidade.
Mas um lançamento primoroso de Defederico para Jorge Henrique mudou a cara do jogo, trouxe emoção e drama ainda nos 45 minutos iniciais. Marcos derrubou o atacante corintiano, foi expulso, e Ronaldo converteu o pênalti.
O segundo tempo estava marcado para ser a prova de fogo de um time na busca do título. Naquele sol escaldante, com um a menos, o que fazer? Marcos expulso, Marquinhos em lugar de Marcão, porque Obina já tinha saído para entrar o goleiro reserva, Bruno. Estava tudo certo, mas Marquinhos parecia um marciano, sem entender exatamente o seu papel. Ronaldo logo de cara teve a chance de fazer 2 a 0, mas desperdiçou.
Coisa que Danilo não fez em seguida, ao cabecear o cruzamento de Figueroa, em bola parada, pela esquerda, se aproveitando ainda de má saída do gol de Felipe. Pronto! Agora era defender um resultado que significava a manutenção da liderança e a prova da capacidade de superação. O Corinthians não aceitava o empate, queria quebrar a escrita, tinha a bola sob seu domínio, e reforçava o ataque com Dentinho.
E não é que Defederico de novo enfiou uma bola preciosa para Ronaldo fazer 2 a 1, graças ao vacilo na saída de Bruno? Só restava ao Palmeiras buscar o impossível.
Mas o Corinthians, literalmente, cozinhava o jogo, a paciência e as esperanças verdes. Figueroa, no entanto, não sabia que era impossível e, de novo, em bola parada, mas pela direita, alçou a bola na área adversária. Maurício subiu livre e cabeceou para empatar.
Um 2 a 2 que será lembrado como o marco da conquista do pentacampeonato brasileiro, se este vier como tem tudo para vir. Dizer que foi daqueles empates com sabor de vitória é pouco, mero chavão, frase batida.
Foi um empate com sabor de taça, de fato retumbante, arrancado com cataratas de suor. Aos corintianos, as batatas.

Frustração tricolor
Também os são-paulinos têm motivos para ficar frustrados, embora tenham mesmo é de pensar no jogo contra o Grêmio, no Olímpico, já neste meio de semana. Porque quando eles acharam que Ronaldo pagaria com seus dois gols a dívida alvinegra com o tricolor pelos dois gols de Grafite, que evitaram o rebaixamento do Corinthians no Paulistinha, em 2004, eis que o líder voltou a ser o Palmeiras.
Mas, tudo bem. Não fosse a arbitragem não dar um pênalti de Renato Silva em Otacílio Neto e o Grêmio Barueri poderia ter empatado no Morumbi.

Libertadores
Já imaginou uma Libertadores com o Trio de Ferro de São Paulo, mais o Flamengo? Teremos estádios no Brasil para abrigá-la ou todos estarão em reforma por causa da Copa-2014?

blogdojuca@uol.com.br


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