Com ingresso de arquibancada a R$ 1, torcida deve ir em massa ao Serra Dourada para empurrar time da casa contra reprise de vexames de 1993 e 1998

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

Em clima de decisão e com estádio lotado, o Goiás entra em campo às 16h para a partida mais importante do ano. Não há nenhuma taça em jogo. Muito pelo contrário: em disputa está a última chance de salvar um ano que todos no clube fazem questão de esquecer.
No Serra Dourada, a decisão é de um time só. Garantido na Copa Sul-Americana e fora da luta pela Libertadores, o Inter é coadjuvante no duelo. Os verdadeiros rivais do Goiás, na verdade, estarão em outros gramados. O time luta contra o Corinthians e o Paraná, que jogam em Porto Alegre e no Rio.
O Goiás é o 17º colocado no Brasileiro, com 42 pontos. Para escapar do rebaixamento, precisa bater o Inter e torcer para que o Corinthians não vença o Grêmio. Caso os paulistas percam no Olímpico, bastará um empate à equipe, desde que o Paraná não derrote o Vasco.
A tarefa do Goiás não é fácil. A campanha nos últimos jogos mostra isso. Em cinco partidas, o time ganhou apenas um ponto. O fato de jogar em casa e ter o apoio da torcida é a única vantagem na rodada final. Com ingresso de arquibancada a R$ 1, o estádio estará lotado.
Em campo, há muitos problemas, a começar pelo banco, já que o time será comandado por um interino. O preparador de goleiros Cassius Hartmann será o treinador no lugar de Márcio Araújo, que foi demitido após a goleada sofrida para o Atlético-MG na quarta-feira.
Outra preocupação é a possível ausência de Paulo Baier, principal estrela e artilheiro do time, com 13 gols. O jogador voltou de Belo Horizonte reclamando de dores na coxa e faz tratamento intensivo.
Na defesa, a dúvida é André Leone, que sofreu uma lesão na panturrilha esquerda. O lateral Chiquinho, ex-Inter, não joga. O contrato não permite que ele enfrente o ex-clube.
Caso Baier seja vetado, Hartmann trabalha com duas possibilidades: jogar com Harisson ou pôr Rinaldo, formando uma dupla de ataque. No lugar de Leone, a opção é Paulo Henrique. Na lateral, Luiz Fernando entra na vaga de Chiquinho.
Se cair, será a terceira vez que o Goiás irá para a Série B -foi rebaixado em 1993 e em 1998.
"Deus não nos deixou cair ainda, porque não temos feito a nossa parte. Deixamos a desejar nas partidas da reta final do Brasileiro, e isso é complicado. O que resta é tentar mudar isso", disse o meia Fábio Bahia.