São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007 |
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Grêmio barrou Corinthians de segunda
Na Taça de Prata-82, a Série B da época, time paulista teve 5 vitórias, 2 empates e rápida ascensão, até cair ante gaúchos
RODRIGO BUENO DA REPORTAGEM LOCAL Os mais novos não lembram ou nem imaginam, mas o Corithians já jogou um Campeonato Brasileiro fora da elite, pelo menos em boa parte dele. Os puristas consideram a Taça de Prata, disputa marcante no início dos anos 80, como a segunda divisão do Nacional. E o Corinthians vivenciou essa amarga experiência em 1982. Jogava a Taça de Prata quem ia mal em seu Estadual, e foi o que aconteceu com o clube do Parque São Jorge no Paulista de 1981. Por causa desse fiasco regional, no dia 24 de janeiro do ano seguinte, o Corinthians estreava na Taça de Prata no Pacaembu contra o América-RJ. A vitória por 2 a 0 animou o time, que tinha chance, pelo regulamento, de ascender no mesmo ano à Taça de Ouro -era possível, portanto, ser campeão brasileiro daquela temporada mesmo largando contra modestos clubes. No segundo jogo da campanha, também em São Paulo, o adversário foi o Colatina, do Espírito Santo. Apesar de contar com nomes de peso, como Zé Maria, Wladimir, Biro Biro e Zenon, o Corinthians não passou de um 1 a 1. Depois, outro empate: 0 a 0 com a Catuense, mas na Bahia. A arrancada começaria logo em seguida. No Guará, do Distrito Federal, 5 a 1. No Leônico, da Bahia, 3 a 1. Contra o Fortaleza, 4 a 2. E ante o Campinense, da Paraíba, 2 a 1 para selar a classificação. Foram sete jogos e nenhuma derrota na ""Segundona" da época, imposição exatamente dos times mais tradicionais. Melhor que isso, o Corinthians mostrou grandeza ao cair na Taça de Ouro no ""Grupo do Povo", com Atlético-MG, Flamengo e Internacional, e ficar em primeiro lugar. A equipe só foi parar mesmo nas semifinais. O Grêmio, adversário de hoje do time mais popular de São Paulo, foi justamente o clube que travou o sonho corintiano de sair do inferno para o céu no mesmo ano. No Morumbi, 2 a 1 para o tricolor gaúcho. Paulo Roberto e Tarciso anotaram para o visitante, e Sócrates descontou para a equipe da Fiel. Na volta, no Olímpico, o mesmo Sócrates abriu o placar, porém veio a virada: Paulo Isidoro, Baltazar e Tarciso. 1 a 3. Nunca mais o Corinthians precisou entrar em campo fora da elite. Isso mesmo tendo feito a pior campanha do Módulo Verde da Copa União em 1987 e segunda pior campanha do Módulo Azul da Copa João Havelange em 2000 -as duas disputas com o Clube dos 13 na frente não previam rebaixamento. Para o torcedor corintiano, a passagem do time do Parque São Jorge pela Taça de Prata, além de breve, ainda teve um prazer especial. O Palmeiras, arqui-rival que já havia jogado a Taça de Prata em 1981, também jogou a ""Segundona" de 1982 e, pior, não conseguiu ascender para a Taça de Ouro no ano. Os palmeirenses naufragaram na Taça de Prata em que entraram junto com o Corinthians mesmo enfrentando os fracos Juventus (SP), Volta Redonda (RJ), Anápolis (GO), Vila Nova (GO) e Operário (MT). Texto Anterior: Para valer: Time do Inter descarta vingança contra o Corinthians Próximo Texto: Por 2008 em copa, Vasco vira aliado corintiano Índice |
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