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Maria Lenk não serve para 2016, diz governo
CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal admitiu
ontem que o Parque Aquático
Maria Lenk, construído para o
Pan-07 ao custo de R$ 85 milhões para os cofres públicos,
pode não ser usado em provas
olímpicas caso o Rio de Janeiro
abrigue os Jogos em 2016.
"Sabemos há meses que o
Maria Lenk não será utilizado
para a natação e desde então estudamos alternativas", afirmou
Ricardo Leyser, secretário do
Comitê Gestor das Ações Federais do Projeto Rio-2016.
Para sediar as finais de natação da Olimpíada, o Comitê
Olímpico Internacional exige
que o local de competição tenha capacidade para 15 mil torcedores. O Maria Lenk, contudo, só abriga 6.500 pessoas. Segundo especialistas, é inviável
fazer obras de ampliação no espaço, conforme revelou reportagem de "O Estado de São Paulo" no último domingo.
Leyser admite que ainda não
há um destino definido para o
Maria Lenk. "Na Olimpíada,
podemos usá-lo para treinamento ou para as provas dos
outros esportes aquáticos.
Também dá para fazer piscina
provisória com arquibancadas
removíveis para a natação. É
questão de orçamento", disse.
Já o COB, em comunicado
oficial, afirmou que o Maria
Lenk irá integrar o futuro Centro Olímpico de Treinamento,
complexo esportivo que será
construído em Jacarepaguá a
partir do segundo semestre de
2009, ainda que o Rio não seja
escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
De acordo com a nota, se a
Olimpíada for realizada na cidade, o parque aquático abrigará as competições de pólo aquático e saltos ornamentais. Para
a natação, será construída uma
instalação provisória com arquibancadas removíveis. A piscina, após a Olimpíada, integrará o centro de treinamento.
Mas, segundo Leyser, a definição do projeto para a natação
só será conhecida em fevereiro
de 2009, quando o comitê entregará ao COI um dossiê definitivo da candidatura carioca.
O secretário ainda afirmou
que o comitê organizador terá
mais cuidado para evitar estouros no orçamento. "Os números agora vão ser bem mais
reais. Haverá um documento
amarrando as responsabilidades de cada nível de governo.
Faltou isso no Pan", declarou
Leyser. Os gastos do Pan do Rio
ultrapassaram em oito vezes o
orçamento inicial.
Colaborou RICARDO PERRONE, do Painel FC
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