São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2008

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Maria Lenk não serve para 2016, diz governo

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal admitiu ontem que o Parque Aquático Maria Lenk, construído para o Pan-07 ao custo de R$ 85 milhões para os cofres públicos, pode não ser usado em provas olímpicas caso o Rio de Janeiro abrigue os Jogos em 2016.
"Sabemos há meses que o Maria Lenk não será utilizado para a natação e desde então estudamos alternativas", afirmou Ricardo Leyser, secretário do Comitê Gestor das Ações Federais do Projeto Rio-2016.
Para sediar as finais de natação da Olimpíada, o Comitê Olímpico Internacional exige que o local de competição tenha capacidade para 15 mil torcedores. O Maria Lenk, contudo, só abriga 6.500 pessoas. Segundo especialistas, é inviável fazer obras de ampliação no espaço, conforme revelou reportagem de "O Estado de São Paulo" no último domingo.
Leyser admite que ainda não há um destino definido para o Maria Lenk. "Na Olimpíada, podemos usá-lo para treinamento ou para as provas dos outros esportes aquáticos.
Também dá para fazer piscina provisória com arquibancadas removíveis para a natação. É questão de orçamento", disse.
Já o COB, em comunicado oficial, afirmou que o Maria Lenk irá integrar o futuro Centro Olímpico de Treinamento, complexo esportivo que será construído em Jacarepaguá a partir do segundo semestre de 2009, ainda que o Rio não seja escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
De acordo com a nota, se a Olimpíada for realizada na cidade, o parque aquático abrigará as competições de pólo aquático e saltos ornamentais. Para a natação, será construída uma instalação provisória com arquibancadas removíveis. A piscina, após a Olimpíada, integrará o centro de treinamento.
Mas, segundo Leyser, a definição do projeto para a natação só será conhecida em fevereiro de 2009, quando o comitê entregará ao COI um dossiê definitivo da candidatura carioca.
O secretário ainda afirmou que o comitê organizador terá mais cuidado para evitar estouros no orçamento. "Os números agora vão ser bem mais reais. Haverá um documento amarrando as responsabilidades de cada nível de governo.
Faltou isso no Pan", declarou Leyser. Os gastos do Pan do Rio ultrapassaram em oito vezes o orçamento inicial.

Colaborou RICARDO PERRONE, do Painel FC



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