São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2008

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São Paulo e Ponte "cozinham" duelo

Partida que valia a liderança do Paulista, disputada em tarde de sol no Carnaval, apresenta ritmo lento

Ponte Preta 0
São Paulo 0

JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A CAMPINAS

Se a partida era do time que mais finaliza no Paulista, o São Paulo, contra a equipe que menos vê sua defesa sofrer ataques, a Ponte Preta, os papéis ficaram em parte invertidos ontem, em Campinas. E o reflexo disso foi um placar inalterado no Moisés Lucarreli.
Lutando pela liderança do Estadual, são-paulinos e pontepretanos ficaram devendo na pontaria. Principalmente o São Paulo, clube que arrisca contra a meta adversária, em média, 16,6 vezes por jogo. Ontem a equipe do técnico Muricy Ramalho atirou 12 vezes contra o gol e acertou apenas três.
Já a Ponte Preta foi mais ousada. Orquestrada em campo por Renato, investiu 18 vezes contra a meta de Rogério. No entanto o time de Campinas não fez valer o posto de melhor ataque da competição.
Mesmo com o empate, o time de Sérgio Guedes segue como líder. Tem agora 13 pontos em seis partidas. Porém hoje precisará secar o Guaratinguetá (que tem 12 pontos), em situação inusitada, já que terá de torcer pelo arqui-rival Guarani.
O São Paulo, por sua vez, segue atrás da Ponte Preta -tem 12 pontos, mas com uma vitória a menos que o Guaratinguetá.
"Não tem nem o que falar. Dá para perceber que foi difícil, né?", disse o atacante Adriano, autor de três chutes errados, de acordo com o Datafolha. Ele saiu bastante da área ontem, e Muricy tem pedido que ele fique mais próximo do gol rival.
Se as equipes fizeram um jogo truncado no meio -o São Paulo perdeu mais a criatividade após ficar sem Dagoberto, substituído por sentir uma fisgada na virilha-, merecem destaque as atuações de Rogério e Aranha, que colaboraram para que o placar não saísse do zero.
Na melhor chance dos paulistanos na primeira etapa, só aos 39min, Borges e Adriano tabelaram na área, mas o camisa 10 se enrolou na hora de concluir para o gol, e a zaga aliviou com o goleiro batido.
Rogério não teve muito trabalho nessa parte do jogo. Passou a maior parte da etapa inicial acompanhado de quatro quero-queros, pássaros que insistiam em permanecer perto do camisa 1 na área são-paulina -o arqueiro chegou a pedir intervenção do árbitro, que paralisou o jogo e retirou algumas aves de perto do arco tricolor.
Já Aranha teve de agarrar a bola de cabeça de Miranda, após cobrança de falta de Jorge Wagner, e ainda livrar a Ponte de cruzamento de Júnior.
Na segunda etapa, Muricy Ramalho tentou recuperar o meio-campo com as entradas de Hugo e Carlos Alberto. Mas as alterações não surtiram tanto efeito, o que fez o técnico, muito gripado e afônico, se esgoelar na beira do gramado.
Melhor para a equipe de Campinas, que pressionou e por diversas vezes teve a oportunidade de abrir o placar. Como no chute de Marcelo Soares, rente à trave de Rogério. Ou no chute de Renato, que nos minutos finais viu sua oportunidade de marcar o gol da vitória parar em outra bela defesa do camisa 1 são-paulino.
Aranha também fez das suas. Em dois tempos, livrou seu time da derrota no chute de Borges e fez figa para que a bola de Jorge Wagner, chutada de direita, não entrasse.
O São Paulo continua invicto, mas já empatou três vezes no Paulista, duas por 0 a 0.


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