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São Paulo e Ponte "cozinham" duelo
Partida que valia a liderança do Paulista, disputada em tarde de sol no Carnaval, apresenta ritmo lento
Ponte Preta 0
São Paulo 0
JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A CAMPINAS
Se a partida era do time que
mais finaliza no Paulista, o São
Paulo, contra a equipe que menos vê sua defesa sofrer ataques, a Ponte Preta, os papéis
ficaram em parte invertidos
ontem, em Campinas. E o reflexo disso foi um placar inalterado no Moisés Lucarreli.
Lutando pela liderança do
Estadual, são-paulinos e pontepretanos ficaram devendo na
pontaria. Principalmente o São
Paulo, clube que arrisca contra
a meta adversária, em média,
16,6 vezes por jogo. Ontem a
equipe do técnico Muricy Ramalho atirou 12 vezes contra o
gol e acertou apenas três.
Já a Ponte Preta foi mais ousada. Orquestrada em campo
por Renato, investiu 18 vezes
contra a meta de Rogério. No
entanto o time de Campinas
não fez valer o posto de melhor
ataque da competição.
Mesmo com o empate, o time
de Sérgio Guedes segue como
líder. Tem agora 13 pontos em
seis partidas. Porém hoje precisará secar o Guaratinguetá (que
tem 12 pontos), em situação
inusitada, já que terá de torcer
pelo arqui-rival Guarani.
O São Paulo, por sua vez, segue atrás da Ponte Preta -tem
12 pontos, mas com uma vitória
a menos que o Guaratinguetá.
"Não tem nem o que falar. Dá
para perceber que foi difícil,
né?", disse o atacante Adriano,
autor de três chutes errados, de
acordo com o Datafolha. Ele
saiu bastante da área ontem, e
Muricy tem pedido que ele fique mais próximo do gol rival.
Se as equipes fizeram um jogo truncado no meio -o São
Paulo perdeu mais a criatividade após ficar sem Dagoberto,
substituído por sentir uma fisgada na virilha-, merecem destaque as atuações de Rogério e
Aranha, que colaboraram para
que o placar não saísse do zero.
Na melhor chance dos paulistanos na primeira etapa, só
aos 39min, Borges e Adriano
tabelaram na área, mas o camisa 10 se enrolou na hora de concluir para o gol, e a zaga aliviou
com o goleiro batido.
Rogério não teve muito trabalho nessa parte do jogo. Passou a maior parte da etapa inicial acompanhado de quatro
quero-queros, pássaros que insistiam em permanecer perto
do camisa 1 na área são-paulina
-o arqueiro chegou a pedir intervenção do árbitro, que paralisou o jogo e retirou algumas
aves de perto do arco tricolor.
Já Aranha teve de agarrar a
bola de cabeça de Miranda,
após cobrança de falta de Jorge
Wagner, e ainda livrar a Ponte
de cruzamento de Júnior.
Na segunda etapa, Muricy
Ramalho tentou recuperar o
meio-campo com as entradas
de Hugo e Carlos Alberto. Mas
as alterações não surtiram tanto efeito, o que fez o técnico,
muito gripado e afônico, se esgoelar na beira do gramado.
Melhor para a equipe de
Campinas, que pressionou e
por diversas vezes teve a oportunidade de abrir o placar. Como no chute de Marcelo Soares, rente à trave de Rogério.
Ou no chute de Renato, que nos
minutos finais viu sua oportunidade de marcar o gol da vitória parar em outra bela defesa
do camisa 1 são-paulino.
Aranha também fez das suas.
Em dois tempos, livrou seu time da derrota no chute de Borges e fez figa para que a bola de
Jorge Wagner, chutada de direita, não entrasse.
O São Paulo continua invicto,
mas já empatou três vezes no
Paulista, duas por 0 a 0.
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