São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011 |
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Autoridade olímpica será comandada por Meirelles RIO-2016 Governo acertará detalhes para enviar indicação ao Congresso VALDO CRUZ NATUZA NERY FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA Henrique Meirelles informou ao governo que está disposto a assumir o comando da APO (Autoridade Pública Olímpica), órgão que tocará ações relacionadas aos Jogos Olímpicos do Rio-2016. O contato foi feito anteontem, logo depois de o Senado aprovar, em caráter definitivo, a criação da APO. O ex-presidente do Banco Central ainda quer acertar os últimos detalhes com o Planalto antes de autorizar o envio de sua indicação ao Congresso. Meirelles poderia ter um encontro ainda na noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff. Dilma havia convidado Meirelles há mais de um mês. Como a autarquia teve alguns de seus poderes desidratados por pressão do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do prefeito da cidade, Eduardo Paes, Meirelles havia sinalizado que não estaria mais tão certo da decisão de assumir a APO. A mensagem deixou apreensivos tanto Dilma Rousseff como o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, patrocinador do reembarque de Henrique Meirelles no atual governo. Os dois desejam dar um perfil técnico, e não político, à instituição. Depois de enviada ao Congresso, a indicação precisará ser aprovada no Senado em sabatina. E, somente então, será oficial. O primeiro mandato de Meirelles na APO deve ir até 2015. É permitida a recondução ao cargo. A lei aprovada no Congresso dá a ele estabilidade no posto, de onde somente sai na hipótese de uma eventual renúncia ou por decisões judiciais e administrativas tomadas em caráter definitivo. Assim, Meirelles não pode ser tirado do cargo por decisão estritamente política. O primeiro projeto da APO enviado à Câmara dava poderes para o governo federal decidir os rumos da organização da Rio-2016 sem contar com o aval do Estado e da prefeitura do Rio. Previa, ainda, a criação de 484 cargos, mas acabou ficando com 181. A pedido do Rio, o orçamento e a escolha das obras deverão passar pelo crivo de um conselho olímpico, com apenas três votos: governo federal, estadual e prefeitura. Uma das hipóteses analisadas pelo Planalto é que a própria Dilma assuma uma dessas cadeiras. No modelo inicial, haveria ainda uma outra estatal só para cuidar do legado da Olimpíada -o que foi considerado um gasto excessivo em tempos de "ajuste fiscal" do governo federal. O modelo da APO baseia- -se em experiências semelhantes utilizadas em outras edições dos Jogos Olímpicos, como Sydney-2000, Barcelona-1992 e Londres, que acontecerá no próximo ano. A APO foi uma das garantias oferecidas pelo Brasil ao Comitê Olímpico Internacional durante a candidatura do Rio para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. A autoridade olímpica fará o planejamento do evento e, excepcionalmente, tocará obras. O governo quer formalizar a ida de Meirelles para a APO o mais rápido possível. Ele chegou a ser cotado para comandar a futura Secretaria da Aviação Civil, que deve ser chefiada por Rossano Maranhão, ex-presidente do Banco do Brasil. Texto Anterior: Obra da arena do Grêmio é embargada Próximo Texto: Perfil: Escolhido tem pouca ligação com esporte Índice | Comunicar Erros |
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