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Recordes da maratona resistem às mudanças
Queniano fica a 3 segundos da melhor
marca, apesar de percurso mais fácil
Para Biwott, prova de SP
poderia ser melhor se não
fosse clima quente; campeã,
brasileira afirma que não
pensou em melhorar tempo
DANIEL BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem as alterações no percurso derrubaram os recordes da
Maratona Internacional de São
Paulo, que já duram oito anos,
tanto no masculino como no feminino. A baiana radicada em
Brasília Marizete Moreira e o
queniano Stanley Biwott foram
os campeões da edição 2010.
Vencedora no ano passado,
Marizete cruzou a linha de chegada após 2h39min26s, mais de
três minutos mais lenta que a
melhor marca da prova, de
2003, pertencente a Maria Zeferina Baldaia (2h36min07s).
Biwott chegou mais perto do
melhor tempo entre os homens, ao fazer 2h11min21s, três
segundos a mais que o recorde
do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, também de 2003.
A organização da Maratona
Internacional de São Paulo
apostava em novas marcas históricas na edição deste ano.
Tanto que mudou o percurso,
ao tirar do trajeto aproximadamente 1 km de ladeiras dentro
da Cidade Universitária e tornar a prova mais plana.
Além disso, dois quenianos
vieram ao Brasil para servir exclusivamente como coelhos
-atletas que puxam o ritmo do
pelotão principal nos quilômetros iniciais mas não completam a prova. Não adiantou.
Marizete Moreira ganhou de
presente o primeiro lugar no
pódio a partir do 39º quilômetro, quando a então líder, a alagoana Marily dos Santos, sucumbiu ao ritmo forte imposto
na primeira metade da prova e
caiu para a quarta colocação. A
baiana, que vinha em segundo,
herdou o primeiro lugar. "Fiz
uma corrida conservadora. Não
pensei em recorde", admitiu.
Biwott, por sua vez, disse que
planejava correr abaixo de
2h10min, mas o calor o impediu. "Fiquei muito feliz, mas
poderia ter feito melhor não
fosse o tempo quente", afirmou
em inglês macarrônico.
O mineiro Marcos Alexandre
Elias, do Cruzeiro de Belo Horizonte, foi o melhor brasileiro,
ao terminar com a quarta colocação em 2h19min45s.
"Os quenianos abriram uma
diferença muito grande no começo, não tinha como me aproximar deles no final", comentou o brasileiro. Campeão da
maratona de São Paulo em
2004, o mineiro Franck Caldeira não completou a prova.
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