São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010

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Recordes da maratona resistem às mudanças

Queniano fica a 3 segundos da melhor marca, apesar de percurso mais fácil

Para Biwott, prova de SP poderia ser melhor se não fosse clima quente; campeã, brasileira afirma que não pensou em melhorar tempo

DANIEL BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem as alterações no percurso derrubaram os recordes da Maratona Internacional de São Paulo, que já duram oito anos, tanto no masculino como no feminino. A baiana radicada em Brasília Marizete Moreira e o queniano Stanley Biwott foram os campeões da edição 2010.
Vencedora no ano passado, Marizete cruzou a linha de chegada após 2h39min26s, mais de três minutos mais lenta que a melhor marca da prova, de 2003, pertencente a Maria Zeferina Baldaia (2h36min07s).
Biwott chegou mais perto do melhor tempo entre os homens, ao fazer 2h11min21s, três segundos a mais que o recorde do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, também de 2003.
A organização da Maratona Internacional de São Paulo apostava em novas marcas históricas na edição deste ano. Tanto que mudou o percurso, ao tirar do trajeto aproximadamente 1 km de ladeiras dentro da Cidade Universitária e tornar a prova mais plana.
Além disso, dois quenianos vieram ao Brasil para servir exclusivamente como coelhos -atletas que puxam o ritmo do pelotão principal nos quilômetros iniciais mas não completam a prova. Não adiantou.
Marizete Moreira ganhou de presente o primeiro lugar no pódio a partir do 39º quilômetro, quando a então líder, a alagoana Marily dos Santos, sucumbiu ao ritmo forte imposto na primeira metade da prova e caiu para a quarta colocação. A baiana, que vinha em segundo, herdou o primeiro lugar. "Fiz uma corrida conservadora. Não pensei em recorde", admitiu.
Biwott, por sua vez, disse que planejava correr abaixo de 2h10min, mas o calor o impediu. "Fiquei muito feliz, mas poderia ter feito melhor não fosse o tempo quente", afirmou em inglês macarrônico.
O mineiro Marcos Alexandre Elias, do Cruzeiro de Belo Horizonte, foi o melhor brasileiro, ao terminar com a quarta colocação em 2h19min45s.
"Os quenianos abriram uma diferença muito grande no começo, não tinha como me aproximar deles no final", comentou o brasileiro. Campeão da maratona de São Paulo em 2004, o mineiro Franck Caldeira não completou a prova.


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