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FUTEBOL
Time é o 1º do país a perder todos os jogos de uma final da competição
Santos faz a pior decisão brasileira na Libertadores
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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Jogadores do Boca Juniors, observados pelo técnico Leão, festejam gol na decisão no Morumbi |
MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
Sensação do país desde o final
do ano passado e invicto até o mata-mata decisivo, o Santos fez ontem a pior final de um clube brasileiro na história da Libertadores.
Ao cair diante do Boca, no Morumbi, terminou a decisão com
duas derrotas e nenhuma vitória,
algo que jamais tinha acontecido
com os outros oito times do Brasil
que chegaram a uma decisão do
torneio continental. O 3 a 1 também foi o placar mais amargo.
Ontem, como já tinha acontecido no jogo de ida em Buenos Aires, ganho pelo Boca por 2 a 0, a tática dos argentinos deu certo.
A equipe de Carlos Bianchi se
fechou na defesa, explorou os
contra-ataques e deixou apenas
os atacantes Tévez e Delgado mais
adiantados. Apesar de ter dominado a partida -teve a posse da
bola durante 61% do jogo, segundo o Datafolha-, o Santos não
foi eficiente, e a estratégia de contra-ataques argentinos vingou.
Demonstrando muito espírito
de luta e recuperando rapidamente a bola, o Santos começou
melhor a partida. A equipe do litoral paulista tinha criado pelo
menos três boas chances de gol
-a principal aos 7min, lance que
Villareal salvou praticamente em
cima da linha- quando o Boca
abriu o marcador. O time argentino armou rápido contra-ataque,
Tévez fez ótima tabela com Battaglia e chutou rasteiro, diante de
Fábio Costa, para fazer 1 a 0.
Depois do gol, a equipe de Leão
não manteve o mesmo ímpeto
dos minutos iniciais, e aos 30min
o treinador resolveu fazer sua primeira substituição. Tirou Wellington da lateral para colocar
um terceiro atacante: Nenê.
Apesar da alteração, o time não
melhorou em campo e começou a
demonstrar nervosismo.
O meia Diego, por exemplo,
passou boa parte do primeiro
tempo tentando provocar Cascini, seu marcador, que recebera
cartão amarelo logo aos 6min.
Pragmático, o Boca mantinha
sempre quatro jogadores na defesa, mesmo quando a bola estava
em seu ataque e não havia mais de
um jogador santista adiantado.
Para o segundo tempo, o Boca
voltou ainda mais recuado, e o
Santos foi com tudo para o ataque. Sem obter êxito.
Um dos lances que mais levantaram a torcida foi aos 3min. Nenê avançou pela esquerda, tentou
passar por Schiavi, mas não conseguiu. Ao cair, pediu pênalti que
o juiz acertadamente não deu.
Outro aconteceu com Ricardo
Oliveira, que penetrou livre e chutou em cima do goleiro. Mas a arbitragem anotara impedimento.
Logo depois, o atacante foi
substituído por Douglas.
Aos 30min, quando alguns torcedores começavam a sair do estádio, o Santos empatou. Alex
chutou de longe, o goleiro Abbondanzieri pulou atrasado, e a bola
entrou em seu canto direito.
Mas nos contra-ataques prevaleceu a força dos argentinos. Aos
39min, o Santos perdeu a bola,
Delgado aproveitou saída de Fábio Costa e chutou no gol vazio.
Nove minutos depois, o goleiro
fez pênalti em Jerez. O juiz, quando ia mostrar o amarelo a Fábio
Costa, teve o cartão arrancado por
Paulo Almeida, que o exibiu ao
próprio árbitro. Depois de rir do
lance, o juiz autorizou a cobrança,
e Schiavi definiu o placar.
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