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São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

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Nem artilheiro nem artilharia salvam

DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Ricardo Oliveira saiu de campo ontem como artilheiro da Libertadores, mas não se livrou da maldição que atingiu os goleadores brasileiros do torneio nos últimos anos. Desde 1995, o jogador que fazia mais gols não colocava a faixa de campeão.
O último a alcançar a façanha foi Jardel, vitorioso com o Grêmio e artilheiro (12 gols), há oito anos.
O santista, vice-campeão, fez nove gols, empatado com Delgado, do Boca Juniors, e manteve a sequência de goleadores brasileiros na Libertadores. Desde 1998, o artilheiro é brasileiro, mas, em alguns casos, dividindo a glória com atletas de outros países.
Oliveira é o terceiro jogador do clube da Vila Belmiro que termina a competição como goleador máximo. Em 1962, quando a equipe faturou o primeiro título, Pepe estava entre os três artilheiros.
Ele dividiu o feito com Spencer, do Peñarol (Uruguai), e Raimondi (Equador). Cada um fez seis gols. Em 1965, Pelé marcou oito.
O desempenho de Oliveira poderia ter sido melhor, não fosse uma contusão no joelho direito. Ele se machucou contra o Cruzeiro, pelo Brasileiro, e ficou 39 dias afastado. Sua volta só ocorreu no segundo jogo das semifinais, contra o Independiente, em Medellín -ficou fora de três partidas.
Os santistas venceram por 3 a 2, mas o goleador não marcou nenhuma vez. Ele passou em branco também no primeiro confronto das finais, em Buenos Aires.
De nada adiantou ao Santos, também, ter o melhor ataque do torneio, com 30 gols. O Boca balançou a rede 29 vezes.
Os santistas superaram o desempenho da equipe comandada por Pelé em 1962. No ano do primeiro título, o clube fez 29 gols.
Na atual edição, quando mais precisou de seu badalado setor ofensivo, o técnico Emerson Leão ficou na mão. O time não fez gol em Buenos Aires e perdeu por 2 a 0, necessitando de uma vitória por três gols ontem.
O ataque santista, sensação na conquista do Brasileiro-2003, foi incrementado justamente com a chegada de Oliveira, que fez mais gols na Libertadores que os badalados Robinho e Diego.
O maior goleador da história da Libertadores foi Onega, do River, em 1966, com 17 gols. (RP)


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