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Ordem alusiva
a Zidane acaba
desrespeitada
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
A ordem do técnico Carlos
Alberto Parreira era evitar
que o efeito Maradona na
Copa de 1990 se repetisse
com Zidane na partida de anteontem, mas, no gramado
do Estádio de Frankfurt, o
que se viu foi o contrário.
No vestiário, o treinador
chamou a atenção dos brasileiros para deixarem a amizade de lado com o francês
durante o jogo e pediu uma
marcação forte no jogador do
Real Madrid, que se aposentará após este Mundial.
Parreira chegou a lembrar
da desclassificação da seleção contra a Argentina na
Copa de 90, quando Maradona teve uma marcação frouxa dos brasileiros. O ex-jogador era companheiro de clube do volante Alemão, um
dos responsáveis por marcá-lo, e do atacante Careca.
Sem uma marcação mais
forte, Maradona fez a jogada
do gol de Caniggia que eliminou o Brasil da competição.
Apesar da cobrança de
Parreira, a história praticamente se repetiu na Alemanha. Recebido com reverência por quase todos os brasileiros, Zidane foi decisivo.
Ele cobrou a falta que originou o gol de Henry e comandou, quase sem problemas, a
França em campo. O atleta
foi eleito o melhor jogador da
partida pela Fifa.
""O Zidane realmente fez a
diferença. Eles mereceram a
vitória. Foram melhores do
que o Brasil", afirmou Parreira. O treinador não comentou ontem sobre a facilidade dada ao jogador francês
pelos seus comandados.
"O Zidane é conhecido há
mais de uma década. Deve
ter sido a melhor partida da
vida dele nos últimos oito
anos. Ele fez uma partida fora de série. Jogou com muita
personalidade, correu o tempo todo. E decidiu o jogo
num lance de bola parada",
disse o técnico.0
(FV, PC, RP E SR)
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