São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2006

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Ordem alusiva a Zidane acaba desrespeitada

DOS ENVIADOS A FRANKFURT

A ordem do técnico Carlos Alberto Parreira era evitar que o efeito Maradona na Copa de 1990 se repetisse com Zidane na partida de anteontem, mas, no gramado do Estádio de Frankfurt, o que se viu foi o contrário.
No vestiário, o treinador chamou a atenção dos brasileiros para deixarem a amizade de lado com o francês durante o jogo e pediu uma marcação forte no jogador do Real Madrid, que se aposentará após este Mundial.
Parreira chegou a lembrar da desclassificação da seleção contra a Argentina na Copa de 90, quando Maradona teve uma marcação frouxa dos brasileiros. O ex-jogador era companheiro de clube do volante Alemão, um dos responsáveis por marcá-lo, e do atacante Careca.
Sem uma marcação mais forte, Maradona fez a jogada do gol de Caniggia que eliminou o Brasil da competição.
Apesar da cobrança de Parreira, a história praticamente se repetiu na Alemanha. Recebido com reverência por quase todos os brasileiros, Zidane foi decisivo. Ele cobrou a falta que originou o gol de Henry e comandou, quase sem problemas, a França em campo. O atleta foi eleito o melhor jogador da partida pela Fifa.
""O Zidane realmente fez a diferença. Eles mereceram a vitória. Foram melhores do que o Brasil", afirmou Parreira. O treinador não comentou ontem sobre a facilidade dada ao jogador francês pelos seus comandados.
"O Zidane é conhecido há mais de uma década. Deve ter sido a melhor partida da vida dele nos últimos oito anos. Ele fez uma partida fora de série. Jogou com muita personalidade, correu o tempo todo. E decidiu o jogo num lance de bola parada", disse o técnico.0 (FV, PC, RP E SR)


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