São Paulo, sábado, 03 de julho de 2010

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Fim

Seleção perde de virada da Holanda nas quartas e repete campanha de 2006

Holanda 2
Felipe Melo (contra), aos 8min, e Sneijder, aos 23min do 2º tempo
Brasil 1
Robinho, aos 10min do 1º tempo

Christophe Simon/France Presse
Holandeses festejam no final do jogo contra o Brasil

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A PORT ELIZABETH

Juntos, eles formaram um time. Juntos, eles perderam a cabeça. Juntos, eles voltam ao Brasil na próxima madrugada, sem a taça e o hexa.
O que se convencionou chamar de nova era Dunga na seleção -como atleta, ele perdeu duas Copas e ganhou uma- acabou em fracasso.
O ponto final ocorreu em Port Elizabeth, no estádio Nelson Mandela Bay, com a derrota por 2 a 1 para a Holanda que levou os europeus às semifinais da Copa da África do Sul, contra o Uruguai.
O time nacional volta a repetir o desempenho da Copa--2006, quando também parou nas quartas de final.
Na Alemanha, foi a derrota de um grupo talentoso e desinteressado, tanto que se desfez horas depois e não teve peito de voltar inteiro para casa. Agora, um revés de uma equipe unida e briosa, mas com limitações técnicas.
Foi a primeira eliminação brasileira em uma Copa perdendo de virada desde o Mundial de 1950, quando foi derrotada, no Maracanã, pelo Uruguai, também por 2 a 1.
A derrota fez de Dunga sua primeira vítima. Ele, que assumiu em 2006, reforçou ontem que sua missão duraria apenas quatro anos.
"Estou orgulhoso com o jeito que os jogadores se comportaram", disse o treinador, que teve o trabalho elogiado pelos atletas e sua permanência pedida por muitos, como Daniel Alves.
O Brasil não teve êxito com um grupo que trabalhou duro, que não reclamou da falta de folgas e que deixou o estádio com muitas lágrimas.
Mas que escancarou também sua falta de opções no banco, especialmente no meio-campo, onde Dunga preteriu Ronaldinho e Paulo Henrique Ganso em prol de Júlio Baptista e Kleberson.
Dunga viu ainda os nervos da sua equipe ruírem no empate diante dos holandeses, em saída estabanada de Júlio César, no lance em que Felipe Melo marcou gol contra.
Foi a senha para o volante mostrar seu descontrole. Deu um pisão desleal em Robben, quando o Brasil já perdia, e praticamente aniquilou a chance de uma reação.
A delegação deixa a África hoje, às 16h. Segundo a CBF, todos os jogadores embarcarão no avião fretado, que chega na madrugada de amanhã ao Galeão, no Rio, e depois parte para São Paulo.


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