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Fim
Seleção perde de virada da Holanda nas quartas e repete campanha de 2006
Holanda 2
Felipe Melo (contra), aos 8min, e
Sneijder, aos 23min do 2º tempo
Brasil 1
Robinho, aos 10min do 1º tempo
Christophe Simon/France Presse
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Holandeses festejam no final do jogo contra o Brasil
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A PORT ELIZABETH
Juntos, eles formaram um
time. Juntos, eles perderam a
cabeça. Juntos, eles voltam
ao Brasil na próxima madrugada, sem a taça e o hexa.
O que se convencionou
chamar de nova era Dunga
na seleção -como atleta, ele
perdeu duas Copas e ganhou
uma- acabou em fracasso.
O ponto final ocorreu em
Port Elizabeth, no estádio
Nelson Mandela Bay, com a
derrota por 2 a 1 para a Holanda que levou os europeus às
semifinais da Copa da África
do Sul, contra o Uruguai.
O time nacional volta a repetir o desempenho da Copa--2006, quando também parou nas quartas de final.
Na Alemanha, foi a derrota
de um grupo talentoso e desinteressado, tanto que se
desfez horas depois e não teve peito de voltar inteiro para
casa. Agora, um revés de
uma equipe unida e briosa,
mas com limitações técnicas.
Foi a primeira eliminação
brasileira em uma Copa perdendo de virada desde o
Mundial de 1950, quando foi
derrotada, no Maracanã, pelo Uruguai, também por 2 a 1.
A derrota fez de Dunga sua
primeira vítima. Ele, que assumiu em 2006, reforçou ontem que sua missão duraria
apenas quatro anos.
"Estou orgulhoso com o
jeito que os jogadores se
comportaram", disse o treinador, que teve o trabalho
elogiado pelos atletas e sua
permanência pedida por
muitos, como Daniel Alves.
O Brasil não teve êxito com
um grupo que trabalhou duro, que não reclamou da falta
de folgas e que deixou o estádio com muitas lágrimas.
Mas que escancarou também sua falta de opções no
banco, especialmente no
meio-campo, onde Dunga
preteriu Ronaldinho e Paulo
Henrique Ganso em prol de
Júlio Baptista e Kleberson.
Dunga viu ainda os nervos
da sua equipe ruírem no empate diante dos holandeses,
em saída estabanada de Júlio
César, no lance em que Felipe Melo marcou gol contra.
Foi a senha para o volante
mostrar seu descontrole. Deu
um pisão desleal em Robben,
quando o Brasil já perdia, e
praticamente aniquilou a
chance de uma reação.
A delegação deixa a África
hoje, às 16h. Segundo a CBF,
todos os jogadores embarcarão no avião fretado, que
chega na madrugada de
amanhã ao Galeão, no Rio, e
depois parte para São Paulo.
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