São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011

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Farmácia não admite erro, diz De Rose

NATAÇÃO
Médicos divergem sobre informações do doping de Cielo


DE SÃO PAULO

A farmácia que manipulou suplemento de Cesar Cielo não assumiu ter cometido um erro que provocou o doping do campeão olímpico.
A informação é de Eduardo de Rose, presidente do painel da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos que avaliou o caso.
"O que a farmácia diz é que contaminação cruzada é possível de acontecer e que não pode excluir que tenha acontecido, embora não reconheça que aconteceu. Acho que o relatório tinha de ser tornado público para acabar com as dúvidas", disse o médico.
Anteontem, Sandra Soldan, diretora-adjunta de doping da CBDA, declarou que a farmácia teria assumido a falha no processo. A médica não atendeu às ligações da reportagem ontem.
A CBDA diz que enviou o relatório à federação internacional. A farmácia consultaria seu advogado sobre a opção de torná-lo público.
Cielo foi pego no doping em maio junto de três atletas: Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked. Eles dizem ter usado suplemento contaminado com o diurético furosemida. Todos foram só advertidos.
O painel da CBDA sobre o doping concluiu que houve contaminação na fabricação das pílulas e não constatou negligência dos atletas. Por isso, escolheu a pena mínima -a máxima é dois anos.
A farmácia Anna Terra, de Santa Bárbara d'Oeste (SP), havia dito à Folha que não assumira o erro.
O caso ainda será avaliado pela federação internacional, que pode propor pena maior e levar o caso à Corte de Arbitragem do Esporte.
O processo pode acabar só após o Mundial, no dia 24. Se forem punidos depois, os atletas terão de devolver eventuais medalhas.
Nos últimos 18 meses, a natação brasileira teve nove dopings. Só Lauren Goulart levou advertência -no mesmo episódio, um atleta e um técnico foram suspensos.
Daynara de Paula pega com furosemida, também alegou contaminação. "Fomos à Fina com laudo de laboratório atestando. A pena caiu para seis meses, podia ser dois anos", disse o advogado Heraldo Panhoca.
Rival de Cielo, o francês Alain Bernard, lamentou, mas disse que a "advertência parece ser branda".


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