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FUTEBOL
Luxemburgo espera que México atue no contra-ataque, explorando Hernández, no jogo que "decide" o Grupo B
Artilheiro mexicano preocupa Brasil
ALEXANDRE GIMENEZ
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
RODRIGO BERTOLOTTO
enviados especiais a Foz do Iguaçu
Ele não tem a
mesma fama ou
o potencial técnico dos "similares" brasileiros, como Ronaldo ou Amoroso. Mesmo assim, o atacante Luís Hernández,
30, é a maior preocupação da seleção brasileira na partida de hoje,
contra o México, às 16h05 (horário
de Brasília), em Ciudad del Este
(Paraguai), pela segunda rodada
do Grupo B da Copa América.
Como ambas as equipes venceram seus jogos na rodada inicial, a
partida praticamente decide o primeiro lugar do Grupo B.
Para o técnico Wanderley Luxemburgo, os mexicanos irão jogar recuados, buscando aproveitar-se dos contra-ataques com
Hernández, que foi o artilheiro da
Copa América de 1997, com seis
gols, e já fez um nesta edição.
"Eles fazem muito bem essa jogada. O Hernández pode entrar em
sua defesa umas quatro, cinco vezes, em impedimento. Mas tem
uma hora que sua defesa bobeia, e
ele marca. Isso aconteceu contra o
Chile", disse Luxemburgo, referindo-se à vitória do México por 1 a 0,
na última quarta-feira.
Mesmo reconhecendo as qualidades de Hernández, o treinador
brasileiro descarta a possibilidade
de executar uma marcação individual sobre ele.
Por causa das características da
seleção mexicana, o técnico acha
que o time brasileiro apresentará
um estilo diferente em relação ao
confronto contra a Venezuela, na
vitória por 7 a 0, na estréia da equipe na Copa América.
Os laterais, segundo a opinião do
técnico, não serão tão acionados
-os volantes terão mais presença
na articulação das jogadas do time.
Por causa da marcação venezuelana -que colocava seus quatro defensores em linha-, os lançamentos em diagonal para os laterais foram a principal arma da equipe naquela partida.
Enquanto estiveram em campo
na última quarta-feira, os dois laterais brasileiros foram os atletas
mais acionados. O lateral-direito
Cafu recebeu 46 bolas, enquanto o
lateral-esquerdo Roberto Carlos,
44 passes.
"Fomos muito bem organizados,
tanto no ataque como na defesa, na
partida contra a Venezuela. Por
causa da fragilidade da equipe deles, muitos não notaram isso", disse Roberto Carlos.
Luxemburgo disse que os laterais
terão a liberdade de apoiar o ataque, mas um terá que ficar recuado
protegendo a defesa.
O volante Vampeta disse que não
terá problemas em executar as determinações de Luxemburgo. Para
ele, o entrosamento com Émerson,
o outro volante do time, é fundamental para o bom funcionamento
do meio-campo da equipe.
"Temos que ficar muito atentos.
Os mexicanos, geralmente, fazem
uma linha direta entre a defesa e o
ataque, em passes rápidos. Precisamos evitar essas jogadas, que são
muito perigosas", disse.
Para Luxemburgo, os jogadores
brasileiros terão que ter muito cuidado com a eficiência nos passes,
além de manter a posse de bola pelo maior tempo possível.
Segundo levantamento do Datafolha, na partida contra a Venezuela, o Brasil teve a posse de bola
por 30 minutos e 42 segundos,
contra apenas 22 minutos do rival.
Para o treinador, os meias Alex e
Rivaldo -que tiveram atuações
discretas contra a Venezuela- terão uma importância fundamental. Como o México se defende
com três jogadores, Luxemburgo
determinou que Alex, sempre que
tiver oportunidade, junte-se a
Amoroso e Ronaldo. Dessa maneira, o rival ficaria sem um atleta para a "sobra", facilitando o trabalho
do ataque brasileiro.
NA TV - Globo, Bandeirantes e
Sportv, ao vivo, às 16h05
(horário de Brasília)
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