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Perdedores temperam festa nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três brasileiros e o armênio
em processo de naturalização que
participam das preliminares da
defesa de títulos de Acelino Freitas, o Popó, tiveram os adversários escolhidos a dedo para não
estragar a ""festa brasileira": selecionados há, no máximo, 17 dias,
e no mínimo a cinco, nenhum
tem mais vitórias do que derrotas.
A participação de cinco boxeadores nacionais na programação,
Popó, o leve Juliano Ramos, o pena Valdemir Pereira, o Sertão, o
meio-médio-ligeiro José Archak e
o meio-pesado Laudelino Barros,
havia sido antecipada pela Folha.
Embora não tivessem conhecimento das identidades de seus
oponentes, os brasileiros ao menos sabiam que se apresentariam
na programação de hoje, podendo se preparar adequadamente.
""Escolhemos cuidadosamente
os adversários para essa estréia
dos brasileiros aqui. Não sabemos
do que esses garotos são ou não
capazes", justifica o promotor de
lutas americano Arthur Pelullo,
que tem Popó sob contrato e que
assinou com Sertão e Ramos.
O primeiro nacional a ter o oponente confirmado foi Archak, primeiro pugilista a ser empresariado por Popó e que faz sua estréia
profissional. Trata-se do norte-americano Jaime Barahona, que
tem um cartel negativo: 2 vitórias,
1 por nocaute, e 4 derrotas.
O promotor de lutas Arthur Pelullo divulgou oficialmente tal informação no último dia 18.
O meio-pesado Lino, invicto
com 12 vitórias e que assinou com
o empresário norte-americano
Johnny Reetz, teve o adversário
definido há duas semanas: Dennis
Mathews, que conta com 9 vitórias, 6 nocautes e 21 derrotas.
O rival de Juliano Ramos, que
venceu seus seis combates, foi
chamado no dia 26. Trata-se de
Lee Willis (2 vitórias e 3 derrotas).
Pelo menos até segunda, Sertão
(8 vitórias) estava sem adversário,
pois o que havia sido programado
desistiu. Ele enfrenta Roberto
Enriquez (4 vitórias e 4 derrotas).
""Pode ou não ser vantagem [enfrentar rivais chamados de véspera". Quando eu era boxeador estava sempre bem treinado para
poder lutar assim que fosse chamado", argumenta Servílio de
Oliveira, medalhista olímpico e
ex-boxeador profissional que empresaria Sertão e Ramos.
(EO)
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