São Paulo, sábado, 03 de agosto de 2002

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Perdedores temperam festa nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

Os três brasileiros e o armênio em processo de naturalização que participam das preliminares da defesa de títulos de Acelino Freitas, o Popó, tiveram os adversários escolhidos a dedo para não estragar a ""festa brasileira": selecionados há, no máximo, 17 dias, e no mínimo a cinco, nenhum tem mais vitórias do que derrotas.
A participação de cinco boxeadores nacionais na programação, Popó, o leve Juliano Ramos, o pena Valdemir Pereira, o Sertão, o meio-médio-ligeiro José Archak e o meio-pesado Laudelino Barros, havia sido antecipada pela Folha.
Embora não tivessem conhecimento das identidades de seus oponentes, os brasileiros ao menos sabiam que se apresentariam na programação de hoje, podendo se preparar adequadamente.
""Escolhemos cuidadosamente os adversários para essa estréia dos brasileiros aqui. Não sabemos do que esses garotos são ou não capazes", justifica o promotor de lutas americano Arthur Pelullo, que tem Popó sob contrato e que assinou com Sertão e Ramos.
O primeiro nacional a ter o oponente confirmado foi Archak, primeiro pugilista a ser empresariado por Popó e que faz sua estréia profissional. Trata-se do norte-americano Jaime Barahona, que tem um cartel negativo: 2 vitórias, 1 por nocaute, e 4 derrotas.
O promotor de lutas Arthur Pelullo divulgou oficialmente tal informação no último dia 18.
O meio-pesado Lino, invicto com 12 vitórias e que assinou com o empresário norte-americano Johnny Reetz, teve o adversário definido há duas semanas: Dennis Mathews, que conta com 9 vitórias, 6 nocautes e 21 derrotas.
O rival de Juliano Ramos, que venceu seus seis combates, foi chamado no dia 26. Trata-se de Lee Willis (2 vitórias e 3 derrotas).
Pelo menos até segunda, Sertão (8 vitórias) estava sem adversário, pois o que havia sido programado desistiu. Ele enfrenta Roberto Enriquez (4 vitórias e 4 derrotas).
""Pode ou não ser vantagem [enfrentar rivais chamados de véspera". Quando eu era boxeador estava sempre bem treinado para poder lutar assim que fosse chamado", argumenta Servílio de Oliveira, medalhista olímpico e ex-boxeador profissional que empresaria Sertão e Ramos. (EO)


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