São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

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FUTEBOL

Cláusula no contrato de ex-atacante, em estréia como técnico, exige que time descarte antijogo e atue ofensivamente

Holanda de Van Basten ataca por decreto

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O holandês Marco van Basten foi um dos melhores atacantes de todos os tempos e tudo indica que será um dos técnicos mais ofensivos da história, até por contrato.
O ex-jogador do Ajax e do Milan fez ontem sua primeira convocação no comando da seleção da Holanda, que tradicionalmente costuma jogar no ataque. Na lista de convocados, dez novidades, mas a maior das surpresas consta no contrato de Van Basten.
"No contrato, há a exigência de que a Holanda atue ofensivamente, dominando e praticando reconhecível futebol", diz Henk Kesler, diretor da federação do país.
O contrato de Van Basten vai originalmente até a Copa de 2006 e tende a ser renovado até a Eurocopa de 2008. "É o momento de os torcedores holandeses se identificarem de novo com o time nacional", diz Kesler -o antigo técnico, Dick Advocaat, era conservador para os padrões holandeses.
A escolha de Van Basten como novo técnico da Holanda já foi uma certa surpresa, pois ele ainda não teve experiência à frente de um time profissional. Fez vários cursos e estágios como treinador e vinha trabalhando no Ajax, mas ascendeu de forma meteórica.
"É a vez de os atacantes brilharem, e não os defensores. Nosso gol será jogar bonito, de forma ofensiva. É o começo de uma grande aventura. Espero que termine com algo bom", disse Van Basten, 39, em sua apresentação como técnico. "Na Euro, vi só dois times jogarem ofensivamente: Portugal e República Tcheca", disse o ex-goleador, eleito uma vez melhor do mundo, pela Fifa, e três vezes melhor da Europa.
Van Basten, que abandonou precocemente a carreira devido a uma lesão, espera que seu time lembre a lendária Holanda dos anos 70, e não a de 1988, campeã européia tendo ele próprio como artilheiro. "Nós tivemos sucesso, mas nem sempre jogamos bem."
Ele estréia no dia 18 contra a Suécia. Stam, Frank e Ronald de Boer, Overmars e Reiziger, entre outros, não jogam mais no time.


Com agências internacionais

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