São Paulo, segunda-feira, 03 de agosto de 2009

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JUCA KFOURI

Adivinhe quem vem para ganhar


Com três vitórias seguidas, o tricolor já está a 10 pontos do líder Palmeiras e a três da Taça Libertadores da América

O FILME é velho e nem surpreende: o São Paulo está em recuperação.
Tomou um certo sufoco no Barradão no primeiro tempo quando o Vitória foi melhor, embora a melhor chance de gol tenha sido de Jorge Wagner, ao bater falta na trave e tirar o goleiro Viáfara do jogo, com o dedo luxado. No segundo tempo, o São Paulo fez as substituições que deveria fazer e viu a sorte sorrir para Dagoberto novamente, como se Ricardo Gomes tivesse descoberto um jogador que Muricy Ramalho não conheceu e não deve reconhecer.
Pronto! 1 a 0 e o tricolor sobe a ladeira com a segurança de quem sabe ter pulmão para empreitadas de longo curso.
No meio desta semana, o Morumbi recebe o Botafogo e, provavelmente, mais torcedores do que tem comparecido aos jogos, porque já dá para acreditar no tetra.
Por falar em Muricy Ramalho, eis que o seu Palmeiras tratou de conseguir duas vitórias apertadas, contra dois times da zona do rebaixamento, Fluminense e Sport, sem jogar bem, mas sem passar sustos, bem ao estilo daquele título que o técnico ganhou no ano passado.
E agora ainda mais com a boa justificativa de que está conhecendo o time, reconhecendo o terreno.
Na quinta-feira tem o Grêmio, no Palestra, parada dura.
Outro 1 a 0?
Como Mano Menezes, depois do desmanche do seu grupo campeão da Copa do Brasil.
O Corinthians até que fez um bom primeiro tempo contra o Avaí, mas o jogo não tinha nem cheiro de gol.
Oportunidades foram criadas sim, pelo menos meia dúzia pelo alvinegro e outras quatro pelo alviceleste, nada que tirasse
o 0 a 0.
Porque não tinha ali quem desse o toque final, porque mais que um detalhe o gol é coisa para especialistas, artigo em falta no Pacaembu.
Sim, o corintiano pode esperar que Jucilei venha a ser um Cristian, que Edu dê personalidade de novo ao time, que as coisas engrenem outra vez, mas tem razão ao se sentir fraudado por ter acreditado que havia um modelo novo de gestão implantado no Parque São Jorge.
Não há. E se vender é inevitável, o preço de liquidação é mesmo revoltante, embora nenhuma violência possa ser justificada.
Fato é que o torcedor já não foi ao estádio na tarde de ontem.

Brincalhão
Quer dizer que o presidente da República, revoltado com o desmanche de seu time do coração, quer uma lei que proíba a venda de jogadores durante o Campeonato Brasileiro, ou, ao menos, a adequação do calendário brasileiro ao calendário mundial?
Lula é mesmo o mais macunaímico de todos os presidentes que já tivemos. Um brincalhão.
Ora, lei desse gênero, felizmente, é impossível, porque impeditiva do sagrado direito do trabalhador de trabalhar para quem quiser.
Estarrece que um petista a proponha, embora, na verdade, o PT não estarreça mais ninguém.
Quanto ao calendário, é óbvio. Tão óbvio que, embora tenha demorado sete anos de gestão para se dar conta, até Lula perceba, enquanto chama alguns de imbecis e embarca, desembarca e volta a embarcar na barca furada dos Sarney.
Ocorre que em todo esse tempo ele não fez nada mais que se enamorar da cartolagem de nosso futebol, dando desbragadamente tudo que lhe foi pedido e não exigindo nada como contrapartida.
Agora, que arque com as consequências. E não chateie.

Nada mesmo
César Cielo nada, nada e nada mesmo.
Como ninguém jamais nadou neste país.
À sua custa e de seus pais.

blogdojuca@uol.com.br


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