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Schumacher se desculpa por "prensar" Barrichello
Após quase ser agredido, alemão admite que manobra foi "dura demais'
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BUDAPESTE
Um dia após dizer que Rubens Barrichello havia exagerado em suas reclamações
sobre a maneira como Michael Schumacher o prensou
contra o muro em Hungaroring, o alemão voltou atrás.
Em seu site oficial, Schumacher pediu desculpas ao
brasileiro, seu companheiro
na Ferrari por seis temporadas -de 2000 a 2005.
"Logo após a corrida, eu
ainda estava no calor dos
acontecimentos, mas, depois
de ver a cena pela TV, preciso
dizer que os comissários estavam corretos. A manobra
foi dura demais", escreveu o
piloto da Mercedes, que teve
de dar explicações à direção
da prova e foi punido com a
perda de dez posições no GP
da Bélgica, no dia 29.
"Queria dificultar a ultrapassagem do Rubens e mostrei que não queria que ele
colocasse seu carro por dentro, mas não tentei colocá-lo
em perigo", explicou o heptacampeão, sobre a ultrapassagem na 65ª de 70 voltas da
corrida de anteontem e que
valeu o décimo lugar.
"Se o Rubens sentiu-se em
perigo, desculpe, não era essa minha intenção", finalizou Schumacher, que dissera
anteontem ser conhecido por
"não dar presentes na pista".
A manobra do piloto da
Mercedes no GP da Hungria
ofuscou o triunfo de Mark
Webber, da Red Bull, que,
com 25 pontos obtidos, virou
líder do Mundial de F-1.
Schumacher foi criticado
não só por Barrichello como
por pilotos e ex-pilotos no
paddock. Um dos mais revoltados era Eddie Irvine, que
foi seu companheiro na Ferrari. "Ele foi um idiota. Foi
uma manobra idiota e extremamente perigosa. Foi inacreditável", esbravejou.
Anteontem, quando os times já desmontavam seus
motorhomes, alguns convidados VIPs tentaram agredir
Schumacher, mas foram contidos pelos seguranças.
A Folha procurou Barrichello ontem, mas o piloto da
Williams disse que não queria mais falar sobre o caso.
Ele ficou em décimo e ganhou mais um ponto -é o 11º
no Mundial, a oito pontos de
Schumacher, o nono.
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