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EUA vibram com feitos em Mundial de atletismo
País iguala recorde de ouros e celebra multimedalhistas
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os EUA reinaram soberanos
no Mundial de atletismo de
Osaka, encerrado ontem.
A equipe igualou seu recorde
de ouros (14, obtidos em Helsinque-05) e de pódios (26, em
Tóquio-91). Além disso, festejou os únicos atletas vencedores em mais de uma prova.
Foi o caso de Bernard Lagat,
32. O queniano naturalizado
venceu ontem os 5.000 m -já
havia triunfado nos 1.500 m.
Em ambas as provas, ganhou
o primeiro título mundial para
os EUA. "Essas medalhas significam muito para mim. Queria
fazer o mesmo que Hicham El
Guerrouj em Atenas [na Olimpíada-04]. Foi ele quem me inspirou", conta Lagat, referindo-se ao recordista dos 1.500 m.
Tyson Gay, 25, vencedor dos
100 m, 200 m e 4 x 100 m, foi
outro destaque. Ele igualou feito de Carl Lewis, Maurice Greene e Michael Johnson, todos legendas do atletismo dos EUA.
"Não pensava em ganhar três
medalhas. Mas, ao mesmo tempo, essa é a razão de minhas vitórias: corri sem pressão", declara Gay, que agradeceu a seus
companheiros. "A melhor vitória foi a do revezamento porque
teve a participação de todos."
Com o bom desempenho em
Osaka, o velocista também
atingiu outro feito: somados,
seus tempos nos 100 m e 200 m
são os melhores da história em
Mundiais e Olimpíadas. Gay
percorreu os 100 m e 200 m em
29s61. A façanha pertencia a
Greene que, no Mundial de Sevilha-99, venceu os 100 m e 200
m com tempo total de 29s70.
Outro campeão a obter novo
ouro ontem foi Jeremy Wariner, 23. O velocista, que já havia
triunfado nos 400 m, ajudou
sua equipe a conquistar o título
do revezamento 4 x 400 m.
Nas duas provas, Wariner esteve perto de atingir o recorde
mundial. Com sua marca em
Osaka, ele tornou-se o terceiro
melhor velocista da história
nos 400 m, atrás de Michael
Johnson e Harry Reynolds.
No 4 x 400 m, ontem, integrou o time que obteve a terceira melhor marca de todos os
tempos (2min55s56). Bahamas
e Polônia completaram o pódio. "Recorde mundial? Não se
pode fazer tudo. O primeiro objetivo era ganhar. Podemos fazer isso [quebrar recordes] da
próxima vez", afirma Wariner.
Outra norte-americana, Allyson Felix, 21, tornou-se a única
multivencedora em Osaka. Ela
já levara os títulos dos 200 m e
do 4 x 100 m e ontem ajudou o
time a vencer o 4 x 400 m, superando Jamaica e Reino Unido.
"Foi a primeira vez que corri
esse revezamento e foi ótimo",
conta Felix, que é a quarta mulher a amealhar três títulos em
uma edição do campeonato.
Os EUA atingiram outra façanha no revezamento: tornaram-se o único país a ganhar as
quatro provas por equipe (4 x
100 m e 4 x 400 m masculino e
feminino) em um Mundial.
Com agências internacionais
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