|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Futebol da firma
Administrador diz que hoje não aluga o Pacaembu para empresas para não estragar gramado , mas que isso pode mudar com outros estádios prontos
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
DE SÃO PAULO
Estádio corintiano em Itaquera. O novo Parque Antarctica. Morumbi, mesmo
fora da Copa, reformado.
A cidade de São Paulo promete ser a meca das arenas
esportivas a partir de 2013.
Azar do Pacaembu.
O mais tradicional estádio
do município, que pertence à
prefeitura, tem data marcada
para praticamente morrer em
termos de futebol profissional. Seus administradores
esperam, no máximo, que o
Santos mande lá algumas
partidas por ano depois que
obras e reformas de outras
arenas fiquem prontas.
E, no lugar do glamour dos
grandes clássicos de alguns
dos maiores times do país, o
Pacaembu espera virar o
principal palco do esvaziado
futebol feminino brasileiro e
até ser usado para "o futebol
corporativo", em que empresas poderiam alugar o campo
para promover eventos festivos para seus funcionários.
"O futebol corporativo,
que hoje a gente nega para
todo mundo, é uma possibilidade de locação. Tem muitos
outros eventos que a gente
nega para não estragar o gramado", diz Aléssio Gamberini, diretor de equipamentos
da Secretaria Municipal de
Esportes de São Paulo.
Gamberini não considera
que a falta de futebol profissional possa ser a sentença
de morte do estádio, que, segundo ele, tem custo de manutenção mensal de cerca de
R$ 250 mil, valor hoje coberto
pelo aluguel para os clubes.
"O estádio é um equipamento público, que não nasce para ter lucro. O clube poliesportivo tem 30 mil associados. E existe uma ligação
histórica que nunca vai ser
rompida. O Pacaembu é um
ícone da cidade. Nunca vai
deixar de existir."
Mesmo faltando ainda
dois anos para o Pacaembu
virar um "elefante branco"
em termos de futebol profissional, a Prefeitura de São
Paulo, que chegou até a cogitar reformar e ampliar o tombado estádio para ser a sede
da cidade na Copa, já se mobiliza para evitar isso.
A administração de Giberto
Kassab criou a Comissão de
Modernização do Complexo
do Pacaembu para discutir o
futuro do estádio depois que
as arenas de Palmeiras e Corinthians ficarem prontas.
Na semana que vem, haverá a primeira reunião da comissão, que reúne arquitetos, ex-atletas e integrantes
de ONGs que atuam na região onde fica o estádio.
Em pauta, papel secundário na Copa. "Ele pode ser
usado como campo de treinamento na Copa do Mundo,
porque as exigências são pequenas", afirma Gamberini.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Receita despenca com criação de teto para aluguel Índice
|