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Amigo de Teixeira abriga Brasil
Seleção usará CT do Barcelona, de Sandro Rosell, ex-executivo da Nike
ROBERTO DIAS
EM BARCELONA
Não é só para treinos que
servem as sessões dirigidas a
partir de hoje por Mano Menezes em Barcelona.
O bate-bola retoma um antigo e importante elo da seleção brasileira com o homem
que era o executivo da Nike
no Brasil durante as CPIs que
há dez anos investigaram o
famoso contrato da empresa
multinacional com a CBF.
Ele atende pelo nome de
Sandro Rosell e ocupa a cadeira de presidente do Barcelona. Apenas dois meses
após ter chegado ao cargo,
Rosell, que também é amigo
íntimo de Ricardo Teixeira, o
presidente da CBF, abriu as
portas do CT do clube catalão
para a seleção nacional.
A seleção não pisava em
Barcelona desde 2004, quando Rosell era vice-presidente
do Barcelona. Depois, ele se
desligou do comando do clube e passou para a oposição.
Mesmo longe do poder, continuou frequentando jogos
da seleção nesse período.
A proximidade de Rosell
com os brasileiros rendeu ao
dirigente aquele que é considerado seu feito mais importante no clube: a contratação
de Ronaldinho, em 2003.
A chegada do gaúcho é vista como o símbolo da virada
do Barcelona, que engrenou
a partir de então a fase mais
vitoriosa de sua história, liderado primeiro por Ronaldinho e depois por Messi.
Os convocados para o período de treinos vão ao gramado pela primeira vez na
tarde de hoje. O time fará
uma sessão diária de preparação até segunda-feira. Na
terça-feira, enfrenta em um
jogo-treino o Barça B, o segundo time do Barcelona.
A CBF disse que optou pelas sessões de treinamento
após não conseguir agendar
amistoso contra rival de alto
nível. Para não desperdiçar a
folga que a Fifa abre no calendário para as seleções se
prepararem, agendou esse
período de atividades.
"Menos mal que é em Barcelona, uma cidade que me
encanta", disse o volante Lucas, que joga no Liverpool.
Do ponto de vista do Barcelona, não havia problema
em abrir seu centro, já que a
maioria dos atletas está nestes dias com suas seleções
-um deles, o lateral Daniel
Alves, com a brasileira.
A Cidade Desportiva, onde
treinará a seleção, foi inaugurada há quatro anos, após
obras que consumiram 68
milhões (R$ 151 milhões).
Concentra não só os treinos do time principal, dirigido por Guardiola, como os
das categorias de base, de
onde saíram Messi e muitos
jogadores que defenderam a
Espanha na Copa de 2010.
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