São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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Promotoria quer afastar Del Nero da presidência da FPF

Ministério Público vê falha na segurança de arenas do Paulista

DE SÃO PAULO

O Ministério Público de São Paulo voltou a se estranhar com a FPF (Federação Paulista de Futebol) e pede agora a saída do presidente Marco Polo Del Nero.
A Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital ajuizou ontem ação civil pública na qual pede a concessão de liminar para o afastamento do cartola em razão de desobediência ao Estatuto do Torcedor, por falta de segurança em estádios do Paulista-10.
Em janeiro, a Promotoria recomendou o veto a nove estádios que seriam usados na Série A do Estadual. Outros oito haviam sido aprovados, porém com restrições.
O veto das arenas teve como base laudos de perícias técnicas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Por conta disso, três jogos tiveram que ter seus locais alterados na primeira rodada do torneio. Mas os estádios vetados acabaram, mais tarde, recebendo outros jogos.
Segundo a FPF, foram apresentados posteriormente laudos que afirmavam que as arenas estavam aptas.
Mas o Ministério Público não se convenceu das mudanças e diz que a federação pecou por "descumprir restrições e vetos constantes dos laudos de segurança emitidos pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros".
"As deficiências continuaram, e não foram atendidos os pedidos para que os torcedores tivessem mais segurança. A Promotoria convocou clubes, federação e prefeituras para resolver o problema. Mas só a FPF se recusou a assinar os 21 termos de compromissos", disse o promotor Roberto Senise Lisboa.
Em nota, a FPF disse que "em nenhum momento descumpriu regras determinadas pelo Estatuto do Torcedor" e que a liberação de arenas se deu após laudos técnicos emitidos por "Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e órgãos com competência técnica e legal para emitir laudos".
Quanto a Del Nero, a FPF não crê na saída. "Por enquanto, para nós, não há afastamento", falou Roberto Cicivizzo, advogado da FPF.


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