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Promotoria quer afastar Del Nero da presidência da FPF
Ministério Público vê falha na segurança de arenas do Paulista
DE SÃO PAULO
O Ministério Público de
São Paulo voltou a se estranhar com a FPF (Federação
Paulista de Futebol) e pede
agora a saída do presidente
Marco Polo Del Nero.
A Promotoria de Justiça do
Consumidor da Capital ajuizou ontem ação civil pública
na qual pede a concessão de
liminar para o afastamento
do cartola em razão de desobediência ao Estatuto do Torcedor, por falta de segurança
em estádios do Paulista-10.
Em janeiro, a Promotoria
recomendou o veto a nove estádios que seriam usados na
Série A do Estadual. Outros
oito haviam sido aprovados,
porém com restrições.
O veto das arenas teve como base laudos de perícias
técnicas da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros.
Por conta disso, três jogos
tiveram que ter seus locais alterados na primeira rodada
do torneio. Mas os estádios
vetados acabaram, mais tarde, recebendo outros jogos.
Segundo a FPF, foram
apresentados posteriormente laudos que afirmavam que
as arenas estavam aptas.
Mas o Ministério Público
não se convenceu das mudanças e diz que a federação
pecou por "descumprir restrições e vetos constantes dos
laudos de segurança emitidos pela Polícia Militar e pelo
Corpo de Bombeiros".
"As deficiências continuaram, e não foram atendidos
os pedidos para que os torcedores tivessem mais segurança. A Promotoria convocou clubes, federação e prefeituras para resolver o problema. Mas só a FPF se recusou a assinar os 21 termos de
compromissos", disse o promotor Roberto Senise Lisboa.
Em nota, a FPF disse que
"em nenhum momento descumpriu regras determinadas pelo Estatuto do Torcedor" e que a liberação de arenas se deu após laudos técnicos emitidos por "Polícia Militar, Corpo de Bombeiros,
Vigilância Sanitária e órgãos
com competência técnica e
legal para emitir laudos".
Quanto a Del Nero, a FPF
não crê na saída. "Por enquanto, para nós, não há
afastamento", falou Roberto
Cicivizzo, advogado da FPF.
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