RODRIGO BUENO
Escrevo a coluna sem saber ao certo o que aconteceu no último encontro do Comitê Executivo da Fifa, que se desenrolou entre anteontem e ontem nos EUA.
Eu digo sem saber ao certo porque a pauta do encontro é simples. Basicamente, a reunião serve para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, dar as mãos aos dirigentes asiáticos, que abandonaram recente encontro da máxima entidade do futebol.
Se não houve nenhuma surpresa (se houve, estará em outro lugar nesta edição), a Ásia abaixou a cabeça e ficou mesmo com quatro vagas e meia na Copa -além dos dois países-sede, terá dois representantes garantidos e um lutando em uma repescagem com um time da Europa.
A Fifa, no mais, atacará os clubes das mais diversas formas.
Primeiro (de forma oficial e agradável ao continente asiático), irá considerar a possibilidade de realizar a Copa de 2002 entre os meses de maio e junho para fugir do período chuvoso na Coréia do Sul e no Japão.
Isso é quase tudo que os times europeus não querem, pois teriam que encurtar seus calendários, modificar seus planejamentos e liberar seus jogadores talvez em época de competições.
Segundo (que não deve ser feito oficialmente), a Fifa vai criticar a nova Copa dos Campeões, inflada com 32 times. Na semana que passou, já surgiram as primeiras críticas ao torneio, que estaria desgastando o futebol com tanta aparição na TV.
Particularmente, concordo com as críticas. A Copa dos Campeões é o principal interclubes do planeta, mas, com jogos em todas as terças e quartas-feiras, perde muito de seu charme.
E é difícil entender a presença de alguns times que não venceram nem campeonatos nacionais, como o holandês Willem 2º -até o nome Copa dos Campeões fica meio sem sentido.
O mesmo vai acontecer com a Libertadores no ano que vem. Se Blatter acredita mesmo em seu calendário mundial, também deve criticar a América do Sul.




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