da Reportagem Local

Os jogadores de Palmeiras e São Paulo pretendem esquecer a briga entre Paulo Nunes e Vágner e prometem "só futebol" hoje à tarde, no Morumbi.
O meia são-paulino está sendo processado por Paulo Nunes por calúnia. Vágner declarou que Paulo Nunes o ofendeu com termos racistas.
De acordo com o palmeirense, o processo judicial não terá reflexo em campo. "Prometo jogar só futebol, que é o que sei fazer. Se o Vágner resolver me estender a mão, eu não vou recusar. Mas não abro mão do processo", afirmou Paulo Nunes, que comemorou seu gol no clássico com a Lusa mostrando uma camisa com a mensagem "1000% negro".
O meia Zinho tem a mesma intenção de Paulo Nunes. "A briga entre eles não terá influência no jogo. Há respeito entre ambas as equipes, e nada de anormal vai acontecer", declarou o palmeirense.
Pelo lado do São Paulo, Carpegiani quis mostrar que o fato já está superado. "Isso já foi há 15 dias. Naquela época, o assunto já fora esgotado. Queremos só jogar futebol. Chamar de branco, negro, nojento, no futebol, é comum." E fez um apelo aos jornalistas. "O clássico já é uma guerra. Se vocês (repórteres) falarem muito, vira uma Guerra Mundial."
Mas parece que, se houver alguma retaliação por parte dos palmeirenses sobre Vágner, os são-paulinos partirão em sua defesa. "Se for acontecer alguma coisa com o Vágner, o grupo vai responder. Caso alguém magoe algum companheiro meu, vou defendê-lo. Eles podem contar comigo", afirmou o zagueiro Nem.
Os jogadores não acreditam, no entanto, que a rivalidade entre as equipes possa se transformar em briga dentro de campo. "Será um jogo forte, disputado, mas sempre na bola, como são todos os confrontos entre São Paulo e Palmeiras. O que passou passou", disse o zagueiro Roque Júnior, que, segundo a CBF, não está suspenso para a partida de hoje. O jogador não tomou amarelo contra o Santos, como havia sido informado. (FM e RBu)


Texto Anterior: Futebol: "Duelo reacionário" opõe Palmeiras e São Paulo
Próximo Texto: Carpegiani enfrenta 3 tabus
Índice