da Reportagem Local

A ameaça de o Brasil não participar do Mundial da Inglaterra começou no último dia 24, quando Aurélio Miguel conseguiu liminar para disputar uma vaga nos meio-pesados com Marcelo Figueiredo.
Miguel alegou que se machucara no dia da final da seletiva e se baseou em um acordo assinado entre a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) e os atletas, em 1992, para pedir uma nova chance.
Naquele dia, a CBJ anunciou que a seleção não participaria do torneio por falta de verba.
Como a entidade não possui patrocínio e não recebe verbas governamentais, os atletas são os responsáveis pelo custos.
O dia 24 de setembro era o último prazo dado pela entidade para os 14 atletas depositarem o dinheiro da viagem, e só três haviam pago a quantia combinada (US$ 3.000).
A CBJ passou a afirmar que sua decisão era irrevogável.
Na última quarta-feira, a entidade recuou e divulgou que concordava com a participação no torneio, mas fez cinco exigências, entre as quais o pagamento dos US$ 3.000 de cada atleta e a desistência de Aurélio Miguel na disputa da vaga.
Na quinta, a CBJ recuou novamente, reduziu a delegação, que ficou com só um técnico, e o custo por atleta para US$ 2.050 e marcou a seletiva dos meio-pesados para anteontem.
Figueiredo não compareceu para enfrentar Miguel alegando ""não ser palhaço" e não concordar com a nova disputa.
Aurélio Miguel foi declarado vencedor e completou o time.



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