São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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FUTEBOL

Em jogo fraco, time de Vanderlei Luxemburgo finaliza mal e cria pouco, mas Deivid evita disparada do Atlético-PR

Santos erra mira, mas não deixa líder fugir

DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos criou pouco, chutou mal, irritou seu treinador, mas conseguiu vencer o Guarani por 1 a 0, em Campinas, e segue a três pontos do líder Atlético-PR, que, com a goleada de 5 a 0 sobre o Atlético-MG, chegou a 67.
Durante 90 minutos de um jogo de baixo nível técnico, disputado em boa parte sob chuva, Guarani e Santos finalizaram a gol 27 vezes. E, juntos, conseguiram atingir o alvo em apenas sete.
Das 14 tentativas do time de Vanderlei Luxemburgo, apenas quatro foram entre as três traves. Índice ridículo para o melhor ataque do Brasileiro-04 (77 gols).
Em um Brinco de Ouro quase vazio, as duas equipes maltrataram o torcedor. O lanterna Guarani parecia mais preocupado em não tomar gols. E o vice-líder Santos, sabendo que precisava vencer para não ver o Atlético-PR disparar, não conseguia ultrapassar a retranca campineira.
Ricardinho mostrava pouca criatividade, Robinho fazia jogadas individuais previsíveis, e Deivid atuava de modo displicente.
Na primeira meia hora de jogo, houve apenas um lance de perigo. Aos 11min, Elano teve boa chance. Ele recebeu na direita e chutou a bola na trava. O mesmo Elano pegou o rebote, mas jogou fora.
O Guarani tentava investir nos contra-ataques, mas também pouco produzia. Aos 34min, Valdeir avançou pela esquerda e chutou fraco. Questionado pela torcida, o goleiro Mauro se atrapalhou e teve dificuldades para jogar a bola a escanteio.
Também num contragolpe, nasceu a jogada mais aguda da etapa inicial. Harison recebe na frente, avançou em velocidade e foi tocado fora da área. O árbitro Paulo César de Oliveira marcou pênalti, para desespero de Vanderlei Luxemburgo, que vem reclamando cada vez com mais freqüência dos juízes no Brasileiro.
Com a chance de diminuir o desespero dos campineiros nos pés, Aílton bateu fora.
O susto fez o Santos ir ao ataque, mas de maneira ineficiente. Primeiro, Robinho desperdiçou, depois de confusão na área.
Aos 48min, Deivid perdeu a maior chance santista no primeiro tempo. Léo avançou pela esquerda e cruzou. A bola sobrou para Deivid, com o gol aberto, bater errado, nas mãos de Jean.
No segundo tempo, o jogo começou como na etapa inicial: bola concentrada no meio-campo, pouca criatividade e escassas chances de gol. O Guarani, aos 12min, perdeu a primeira delas. Harison recebeu, avançou na área, mas bateu em Mauro.
Seis minutos depois, o Santos mais uma vez viu seu destino no jogo nas mãos de Paulo César de Oliveira. Basílio, que entrou no lugar do volante Bóvio no intervalo, foi à linha de fundo e cruzou. Deivid cabeceou, e Jean tocou na bola duas vezes, a segunda com ela já dentro do gol. O juiz titubeou, mas confirmou o 14º tento de Deivid no Brasileiro após recorrer ao auxiliar. Era a vez de os campineiros reclamarem.
À frente no placar, o Santos passou a trocar bolas para não correr riscos. E o Guarani via, impotente, o tempo passar, até o apito final.
Na próxima quarta, o Santos seguirá na caça ao líder. Receberá o Corinthians na Vila. E quer, com os três pontos, passar a pressão que sofreu ontem para os atleticanos, que no dia seguinte pegam o Juventude em Caxias do Sul.

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