São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2005

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PAINEL FC

Contradição
Cartola que viu documento da Federação Paulista na CBF legalizando o diploma de Edilson Pereira de Carvalho diz que o atestado foi assinado por Reinaldo Carneiro Bastos, hoje vice e na época presidente interino da entidade estadual. O testemunho é contrário à versão da FPF de que a responsabilidade foi da Comissão de Arbitragem.

Na véspera
Na semana passada, dias antes de estourar o escândalo de arbitragem, Bastos, um dos nomes mais influentes do apito paulista, fazia festa. Inaugurava uma luxuosa casa noturna em Taubaté, sua terra, com a presença de outros dirigentes.

Dedo-duro
Bento da Cunha, corregedor da arbitragem na FPF, vai infiltrar ex-policiais nos eventos que reúnem os juízes paulistas. Eles vão se passar por amigos dos árbitros para levantar informações sobre eles.

No ralo
Logo que explodiu o escândalo do apito, Ricardo Teixeira decidiu que Armando Marques estava com os dias contados na Comissão de Arbitragem da CBF. Ele crê que o ex-juiz jogou por terra seu projeto para mudar a imagem da entidade, abalada pelas CPIs que investigaram o futebol brasileiro.

Justo agora
O presidente da CBF não se conforma de o caso ter surgido logo depois de ele assumir, com posição de destaque, cargo na comissão da Fifa para investigar, entre outros temas, resultados armados por causa de apostas, como no escândalo brasileiro.

Indigestão
José Reinaldo Guimarães Carneiro, promotor que investiga a fabricação de resultados, teve um aborrecimento ontem após comer uma macarronada na casa de sua mãe, em São Paulo. Encontrou seu carro arrombado e sem o aparelho de som.

Jeitinho
Cambistas que atuavam no GP do Brasil de F-1 faziam um pool para adquirir ingressos do jogo de ontem do Corinthians, válido pela promoção da Nestlé. Falavam da existência de um esquema com empregados de supermercados para facilitar a aquisição dos bilhetes, que deveriam ser trocados por produtos.

Tapas e beijos
A troca de carinho entre a torcida corintiana e Marcelinho ontem, no jogo com o Brasiliense, fez conselheiros amigos do jogador voltarem a sonhar com o seu retorno. Ouviram de colegas que o clube não contrata atletas que acionaram o Corinthians na Justiça.

Ponta da língua
A resposta dos defensores de Marcelinho veio no ato. O argumento é que como o presidente Alberto Dualib tentou contratar Luizão, responsável pela penhora de um terreno do Parque São Jorge, tal veto já não existe mais.

Assopra e bate
Renato Simões, líder do PT na Assembléia Legislativa paulista, tem uma proposta a fazer para a base governista, contrária à CPI do Futebol na casa. Diz que a oposição apóia quatro outras CPIs que o governo queira em troca de apoio. Mas afirma que o PSDB não quer a instalação de comissão nenhuma.

Prejuízo
Marcelo Portugal Gouvêa acha que será injusto se os clubes tiverem de arcar com as despesas das partidas que serão repetidas no Brasileiro por causa do escândalo da arbitragem. A CBF não definiu o que vai fazer.

Mais um dia
Mudanças da Fifa na programação da Copa-06 adiaram em um dia a estréia do Brasil, que, pelos planos da organização, seria em 12 de junho, em Berlim.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do deputado estadual Romeu Tuma Júnior, sobre a oposição à instalação da CPI do futebol na Assembléia Legislativa de SP: - Se não investigarmos esse escândalo na arbitragem, a Assembléia vai entrar no furacão. Se não fizermos nada, ficará a suspeita de que há políticos da casa envolvidos na história.

CONTRA-ATAQUE

Febre de ocasião

Na madrugada da última quinta-feira, os advogados do juiz Edilson Pereira de Carvalho e do empresário Nagib Fayad chegaram à sede da Polícia Federal para acompanhar a libertação de seus clientes.
Cássio Paoletti, que defende Fayad, revoltou-se com o fato de não ter autorizada sua entrada imediata no prédio. Teve que esperar cerca de 20 minutos na rua e aproveitou a presença de jornalistas para denunciar "os abusos da PF contra os advogados". Disse que estava com febre, que era um absurdo ficar ao relento na fria madrugada e que denunciaria o abuso do chefe do plantão policial. Até que, enfim, conseguiu entrar.
Entretanto, depois que Fayad foi libertado, Paoletti não se queixou de febre nem de gripe e ainda passou cerca de meia hora concedendo entrevistas.

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