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Petróleo turbina Rússia, próximo rival na 1ª fase
DA ENVIADA A BRASÍLIA
A Rússia, adversária de amanhã do Brasil, nunca foi campeã
mundial de futsal, mas é uma
das equipes mais respeitadas e
está cotada para chegar à fase
decisiva da competição.
O segredo: dinheiro pesado.
A exemplo do que ocorre no futebol, as empresas petrolíferas
da Rússia turbinaram as equipes locais e transformaram a liga nacional em uma das mais
prestigiadas do mundo. Tanto
que os últimos dois campeonatos europeus de clubes foram
vencidos pelo Ekaterimburgo e
pelo Dínamo de Moscou.
"Os seis times de ponta da liga russa são patrocinados por
empresas ligadas a petróleo e
gás", comenta o brasileiro naturalizado Sirilo, que marcou
dois gols na estréia da Rússia
ontem, em Brasília. A equipe
venceu Cuba por 10 a 5.
"Está se tornando uma liga
cada vez mais forte, atraindo
mais brasileiros para lá. Então,
o futsal está crescendo muito",
conta o pivô, que joga pelo Dínamo de Moscou, patrocinado
por empresa de petróleo.
Em 2002, quando disputava
um torneio na Itália com a seleção brasileira sub-21, o técnico
da equipe russa o convidou para ir para Moscou. No ano seguinte, assinou contrato com o
Spartak. A proposta de naturalização não demorou.
"Não pensei duas vezes
quando pediram para me naturalizar", comenta o jogador.
Segundo ele, os russos aceitam bem os brasileiros na seleção, mas a cobrança por um
bom desempenho é grande.
"Tem que jogar bem, senão
eles falam que estamos tirando
a vaga de um russo na equipe."
Sirilo é apenas um dos muitos brasileiros que foram levados pelo dinheiro advindo do
petróleo para jogar futsal na
Rússia. Cerca de 20 atletas do
Brasil disputam atualmente a
liga local. Os salários chegam a
US$ 40 mil (quase R$ 80 mil).
"Hoje, posso dizer que financeiramente a Rússia é um dos
melhores países para se jogar
futsal", revela Pula, o outro brasileiro que faz parte da seleção
russa neste Mundial.
O atleta, que joga na Rússia
há quatro anos, revelou que teve problemas com manifestações de racismo em Moscou.
"Me chamaram de preto na
rua. Mas, quando alguma coisa
não me faz bem, finjo que não
entendo", desconversa o ala.
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