São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Ex-top 10 do tênis voltam após os 40

Japonesa veterana já dá trabalho a jovens, e austríaco busca afirmação

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Eles já foram tenistas top, ficaram afastados por cerca de dez anos do circuito profissional e decidiram voltar.
Mas a japonesa Kimiko Date Krumm, 40 anos e ex-número quatro do mundo, e o austríaco Thomaz Muster, 42 e ex-número um, tiveram trajetórias bem diferentes em seus retornos às quadras.
Casada com um piloto alemão, Kimiko deixou as quadras em 1996, quando terminou a temporada como oitava do ranking mundial.
Em 2008, ela reapareceu no circuito, mas não conseguiu passar pelo qualifying de um torneio de primeira linha e caiu na estreia em outro, no qual era convidada.
No ano passado, porém, a japonesa já apresentou alguns bons resultados. Conquistou o título do Torneio de Seul, o oitavo da carreira.
Kimiko não conseguiu defender o título nesta temporada, mas chegou ao top 50 (é a 67ª atualmente) e se tornou a tenista mais velha a derrotar uma top ten, quando eliminou Dinara Safina em Roland Garros.
Nesta semana, jogando em Tóquio, onde conquistou cinco títulos, a japonesa de 1,63 m bateu a estrela russa Maria Sharapova, 15ª do mundo, 25 centímetros mais alta e 17 anos mais nova.
Muster, que já foi chamado de "Rei do Saibro", teve uma carreira mais brilhante.
Chegou ao topo do ranking, foi campeão de Roland Garros-95 e parou de jogar em 1999. Desde 2003, joga o circuito de veteranos da ATP, onde conseguiu três títulos.
Mas, desde que decidiu voltar ao circuito profissional, Muster jogou cinco challengers e só teve uma vitória.
O triunfo sobre o esloveno Borut Puc, 570º, rendeu-lhe sete pontos e a volta ao ranking, na 988ª posição.
Muster foi convidado para o Torneio de Viena, a partir do dia 25, e se mostra otimista. "Com muito trabalho duro e ambição, é possível fazer muita coisa", afirmou ele.
Gilbert Bang, médico do Brasil na Davis, cita estudo da Sociedade de Medicina do Tênis que fala da perda da capacidade motora dos membros inferiores mais rapidamente do que a coordenação olho-membro superior.
"Os mais velhos mantém suas habilidades técnicas, mas em ritmo mais lento em virtude das perdas da explosão muscular e da capacidade cardiopulmonar", diz.


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