DE SÃO PAULO

Não foi só o torcedor que protestou contra a atitude da seleção masculina brasileira na derrota de ontem. O adversário, a Bulgária, também exibiu reprovação.
Ao final da partida, quebrando protocolo do vôlei, o estafe búlgaro deixou de cumprimentar a comissão técnica brasileira, que não gostou nada do fato.
"Isso é absurdo. Eles também jogaram com só um titular e vêm dar uma de moralista. Estou me sentindo mal, mas o que eu posso fazer? Eu não podia sacrificar o Bruno, que estava com febre, e o Murilo, com dor na panturrilha", declarou o treinador Bernardinho.
Mais contido do que de costume no jogo de ontem, o técnico brasileiro, porém, evitou tecer críticas ao comportamento da torcida, que atirou objetos na quadra.
"O torcedor está no direito dele. Mas precisa ver o que está ocorrendo no torneio como um todo", disse.
Já o ponta Giba falou que a torcida deve ter consciência do que está ocorrendo no Mundial. "Os torcedores italianos estão nos chamando de palhaços? Mas quem fez as regras foram os italianos. Este torneio tem sido caracterizado pela estratégia, não só de nossa parte."
Bernardinho defendeu Théo, que atuou improvisado como levantador e não conseguiu dar velocidade ao ataque do Brasil. "Ele fez o que podia. Jogamos com bolas altas na ponta", disse.
Ao todo a "marmelada" de ontem registrou 49 erros das duas seleções.
Com a derrota e o segundo lugar na chave N, o Brasil atuará em Roma, palco das finais do Mundial.


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