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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Time de Robinho amplia domínio de dois anos sobre o Corinthians, feito insuficiente para se aproximar do Cruzeiro

Santos ganha 4ª seguida e mantém tabu

Antônio Gaudério/Folha Imagem
O agora atacante Fabiano comemora o terceiro gol do Santos nos 3 a 1, de virada, contra o grande rival, onte na Vila Belmiro


FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Belos gols, estádio lotado, rivalidade entre os jogadores e uma vitória de virada. Num clássico com a combinação desses ingredientes, rara neste Brasileiro, o Santos derrotou o Corinthians por 3 a 1, ontem, na Vila Belmiro.
O time da casa obteve sua quarta vitória seguida no Nacional, mas não diminuiu a diferença de seis pontos para o líder Cruzeiro, que bateu o Fortaleza no Ceará.
O atacante Robinho voltou a marcar. Nas duas rodadas anteriores, ele havia feito quatro gols.
A vitória manteve uma invencibilidade de dois anos do Santos diante do Corinthians. A última derrota foi em outubro de 2001, por 2 a 0, na Vila Belmiro.
"O resultado foi importante pela maneira como foi conseguido. Não é fácil ganhar um clássico depois de sair perdendo", disse o curinga Fabiano, autor de um dos gols santistas no clássico. Ele voltou a se desentender com Doni, com quem brigara na partida anterior entre as duas equipes pelo Nacional. O jogo de ontem também teve jogadas ríspidas.
Além de amargar o tabu, o Corinthians sofreu a sua terceira derrota seguida -as outras foram para Fluminense e Atlético-PR.
Nos primeiros minutos do jogo, a dupla de zaga corintiana, formada pelos reservas Betão e Marcus Vinícius, até conseguiu marcar Robinho, que, como seus companheiros, começou atacando.
O Corinthians também mostrava ímpeto ofensivo -mais pela esquerda, com Gil. Porém quem abriu o placar foi Fabrício, pela direita. Ele acertou um belo chute no ângulo e registrou o 1 a 0.
O gol despertou Robinho. Enquanto o jogo estava empatado, ele não havia finalizado nenhuma vez. Depois de o placar ser aberto, fez três arremates e, no terceiro deles, empatou a partida, aos 41min: recebeu a bola e deu um toque de efeito no canto esquerdo do goleiro corintiano Doni.
Os últimos 15 minutos foram suficientes para o atacante deixar o gramado como destaque do Santos na etapa inicial. Ele foi o mais acionado do time, com 22 bolas recebidas -foram 40 no jogo inteiro, contra 46 de Diego.
Para brilhar, Robinho nem precisou driblar muito. Único camisa 7 deste Brasileiro que mantém a tradição de jogadores habilidosos que usaram esse número no passado, o atacante só aplicou uma finta durante todo o jogo. Mas foi o maior finalizador do clássico, com sete arremates.
Com sua ajuda, o time de Emerson Leão quebrou o recorde de finalizações em um só jogo deste Nacional, com 31 conclusões, segundo o Datafolha. A marca anterior era da Ponte Preta (30) no empate em 4 a 4, com o Paysandu.
O Santos começou a etapa final da mesma maneira que iniciara a primeira: no ataque. Dessa vez, porém, demorou menos para marcar. Aos 15min, depois de escanteio, o zagueiro Pereira subiu mais que os rivais e desempatou.
Doze minutos depois, após chute de Elano no travessão, aconteceu o que Doni mais queria evitar: um gol de Fabiano, seu desafeto. No primeiro turno, o goleiro acertou uma "voadora" no santista e pegou uma suspensão de 40 dias.
Os corintianos cercaram o juiz Paulo César de Oliveira para pedir falta de Fabiano no lance do gol.
Nervoso, o Corinthians não reagiu. O Santos então só tocou a bola, enquanto sua torcida gritava "olé" e "freguês" para o rival.


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