São Paulo, sexta-feira, 03 de novembro de 2006

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disputa reaberta

São Paulo tropeça, Inter vence, e folga cai para 5 pontos

Duelistas pelo campeonato colocam fogo no Brasileiro e agora se preparam para jogar clássicos no final de semana

Fernando Donasci/Folha Imagem
Tuto celebra o gol da Ponte, que serviu para reduzir a vantagem são-paulina na ponta do Nacional


JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Numa noite em que nenhum mandante conseguiu sair de campo com os três pontos, o São Paulo acabou dando mais emoção ao Brasileiro faltando seis rodadas para o final.
A combinação do empate de ontem em 1 a 1 com a Ponte Preta no Morumbi com a vitória do Internacional sobre o Botafogo no Rio por 1 a 0 diminuiu a distância do líder para o segundo colocado.
Com 64 pontos, o São Paulo vê o Inter chegar aos 59. E a dupla que norteia a tabela tem, no final de semana, um duelo caseiro pela frente, na casa do rival. Enquanto o São Paulo joga contra o Santos na Vila, o Inter encara o Grêmio no Olímpico.
O saldo negativo para os são-paulinos são os desfalques de Aloísio e Souza, que receberam o terceiro cartão amarelo.
"O que nós não podemos é desperdiçar pontos dentro de casa. A gente sabia disso, e o Internacional fez a parte dele ganhando do Botafogo", falou Souza na saída do campo.
Já a Ponte Preta foi para 34 pontos e segue tentando fugir da zona de rebaixamento.
O São Paulo iniciou o jogo como se estivesse decidindo uma final de Taça Libertadores.
Atônitos, os ponte-pretanos se agruparam na defesa e, para conter os donos da casa, não hesitavam em jogar feio.
Com total domínio da partida, os são-paulinos se alternaram nas chances desperdiçadas. Leandro e Aloísio perderam gols na pequena área. André Dias, livre, cabeceou mal e errou o gol com o goleiro batido. Souza, em chute cruzado, também quase marcou.
Diante da pressão, a torcida não se impacientou com o 0 a 0. A Ponte não ameaçava, e nem as ausências de Mineiro e Josué comprometeram a saída de bola são-paulina. Jogando com três zagueiros, Ilsinho e Júnior eram mais dois armadores para tentar as bolas alçadas na área.
O primeiro chute da Ponte Preta só saiu aos 32min, num chute errado de Emerson.
A única falha são-paunlina foi a conclusão. E, como a bola não entrava, os jogadores se enervaram com o juiz Rodrigo Martins Cintra no intervalo.
Na etapa final, o São Paulo tentou imprimir o mesmo ritmo do primeiro tempo. Mas a péssima cobrança de Rogério, que isolou a bola numa tentativa de encobrir a barreira, deu a dimensão de que o sofrimento se estenderia até o fim.
E, aos 9min, aconteceu o que ninguém esperava. Tuto entrou livre na área, driblou Rogério e fez 1 a 0. A resposta veio no lance seguinte. Aloísio brigou com dois zagueiros, ganhou a disputa e mandou para a rede. O juiz anulou o gol e tirou o empate do São Paulo.
A pressão aumentou, e Jean operou um verdadeiro milagre em cabeçada de Leandro.
Com o relógio como adversário, a torcida, que se acostumou a gritar "é campeão", passou a xingar Muricy. Mas o São Paulo seguiu sufocando o rival e chegou ao empate em cobrança de pênalti de Rogério, aos 31min.
O gol foi a fagulha que faltava para tornar novamente o Morumbi um caldeirão. A torcida voltou a jogar junto, e o que era pressão pela derrota passou a ser grito de "mais um", pedindo a virada no placar. No entanto, apesar de não ter arredado pé do estádio, o sofrimento veio mesmo no final. Entalados com o empate, os torcedores lamentaram ainda mais a vitória do Inter sobre o Botafogo, com um gol de pênalti no final do jogo.


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