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disputa reaberta
São Paulo tropeça, Inter vence, e folga cai para 5 pontos
Duelistas pelo campeonato colocam fogo no Brasileiro e
agora se preparam para jogar clássicos no final de semana
Fernando Donasci/Folha Imagem
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Tuto celebra o gol da Ponte, que serviu para reduzir a vantagem são-paulina na ponta do Nacional |
JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa noite em que nenhum
mandante conseguiu sair de
campo com os três pontos, o
São Paulo acabou dando mais
emoção ao Brasileiro faltando
seis rodadas para o final.
A combinação do empate de
ontem em 1 a 1 com a Ponte
Preta no Morumbi com a vitória do Internacional sobre o
Botafogo no Rio por 1 a 0 diminuiu a distância do líder para o
segundo colocado.
Com 64 pontos, o São Paulo
vê o Inter chegar aos 59. E a dupla que norteia a tabela tem, no
final de semana, um duelo caseiro pela frente, na casa do rival. Enquanto o São Paulo joga
contra o Santos na Vila, o Inter
encara o Grêmio no Olímpico.
O saldo negativo para os são-paulinos são os desfalques de
Aloísio e Souza, que receberam
o terceiro cartão amarelo.
"O que nós não podemos é
desperdiçar pontos dentro de
casa. A gente sabia disso, e o Internacional fez a parte dele ganhando do Botafogo", falou
Souza na saída do campo.
Já a Ponte Preta foi para 34
pontos e segue tentando fugir
da zona de rebaixamento.
O São Paulo iniciou o jogo como se estivesse decidindo uma
final de Taça Libertadores.
Atônitos, os ponte-pretanos
se agruparam na defesa e, para
conter os donos da casa, não
hesitavam em jogar feio.
Com total domínio da partida, os são-paulinos se alternaram nas chances desperdiçadas. Leandro e Aloísio perderam gols na pequena área. André Dias, livre, cabeceou mal e
errou o gol com o goleiro batido. Souza, em chute cruzado,
também quase marcou.
Diante da pressão, a torcida
não se impacientou com o 0 a 0.
A Ponte não ameaçava, e nem
as ausências de Mineiro e Josué comprometeram a saída de
bola são-paulina. Jogando com
três zagueiros, Ilsinho e Júnior
eram mais dois armadores para
tentar as bolas alçadas na área.
O primeiro chute da Ponte
Preta só saiu aos 32min, num
chute errado de Emerson.
A única falha são-paunlina
foi a conclusão. E, como a bola
não entrava, os jogadores se
enervaram com o juiz Rodrigo
Martins Cintra no intervalo.
Na etapa final, o São Paulo
tentou imprimir o mesmo ritmo do primeiro tempo. Mas a
péssima cobrança de Rogério,
que isolou a bola numa tentativa de encobrir a barreira, deu a
dimensão de que o sofrimento
se estenderia até o fim.
E, aos 9min, aconteceu o que
ninguém esperava. Tuto entrou livre na área, driblou Rogério e fez 1 a 0. A resposta veio
no lance seguinte. Aloísio brigou com dois zagueiros, ganhou a disputa e mandou para a
rede. O juiz anulou o gol e tirou
o empate do São Paulo.
A pressão aumentou, e Jean
operou um verdadeiro milagre
em cabeçada de Leandro.
Com o relógio como adversário, a torcida, que se acostumou
a gritar "é campeão", passou a
xingar Muricy. Mas o São Paulo
seguiu sufocando o rival e chegou ao empate em cobrança de
pênalti de Rogério, aos 31min.
O gol foi a fagulha que faltava
para tornar novamente o Morumbi um caldeirão. A torcida
voltou a jogar junto, e o que era
pressão pela derrota passou a
ser grito de "mais um", pedindo
a virada no placar. No entanto,
apesar de não ter arredado pé
do estádio, o sofrimento veio
mesmo no final. Entalados com
o empate, os torcedores lamentaram ainda mais a vitória do
Inter sobre o Botafogo, com um
gol de pênalti no final do jogo.
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