São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2011

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JUCA KFOURI

Neymar é luz


Como evitar que se compare a excelência do genial santista com a do gênio Lionel Messi?

QUEM É MELHOR?
Todos querem saber se o menino ídolo brasileiro ou o já a caminho da maturidade ídolo catalão e mundial. Quem é o melhor?
Para o Doutor Sócrates, "o futebol é coletivo, e Messi joga no melhor time do mundo. O Neymar não. Isso faz muita diferença. Se fosse numa partida de tênis, um contra um, eu apostaria no Neymar. Ele é muito mais criativo que o Messi", disse no "Cartão Verde" da TV Cultura.
Já o não menos autorizado símbolo madridista, Alfredo Di Stéfano, disse sobre o patrício à revista da Associação de Futebol da Argentina: "Eu me deleito a cada rodada com seus gols quando não é contra o Real Madrid", sem fazer comparações.
No mesmo degrau de ambos, Tostão escreveu ontem que Neymar ainda não "enfrentou um excepcional time no Brasileirão nem na Libertadores".
A uma eternidade de distância dos três mitos, respondo sempre esse tipo de pergunta perguntando a mim mesmo quem eu queria no meu time.
E, entre o gênio argentino e o brasileiro, minha resposta para mim mesmo é um gigantesco NÃO SEI!
Para jogar amanhã, talvez a realidade Messi. Com a cabeça no depois de amanhã, talvez o iluminado Neymar.
O que seria de Neymar com Xavi e Iniesta ao seu lado? A resposta é dada por Messi ao jogar na seleção argentina?
Comparar os três primeiros anos de profissionalismo de um e de outro não parece justo, porque o Barcelona lançou Messi com mais cautela, por não precisar de um salvador da pátria.
Neymar tem hoje 96 gols em 173 jogos, média 0,55 gol por partida.
Messi, no mesmo período, havia jogado apenas 70 vezes e marcado só 26 gols, média de 0,37.
Hoje, em sua oitava temporada, o argentino de 24 anos, cinco a mais que Neymar, tem média de 0,60 gol por jogo, 239 em 393 partidas. E contra o que há de melhor no futebol mundial.
Neymar é ainda mais fantasia que a fantasia fantástica de Messi, que é ainda mais eficaz que a eficácia fabulosa de Neymar.
O menino santista é mais carismático que o sério Messi, mais concentrado em seu ofício do que o popstar Neymar, que, no entanto e felizmente, também adora jogar futebol, a ponto de preocupar quem, com razão, quer que ele descanse antes do Mundial de Clubes no Japão.
Palco do eventual encontro do século.

blogdojuca@uol.com.br


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